Publicidade

Campeãs olímpicas, Mari e Paula Pequeno oficializam dupla no vôlei de praia

Jogadoras prometem manter a alta performance que tiveram nas quadras e Olimpíada

PUBLICIDADE

Por Daniele Bellini
Atualização:

Mari Steinbrecher

e

Paula Pequeno

PUBLICIDADE

entraram oficialmente para o

vôlei de praia 

nesta terça-feira. Para marcar a nova fase, as jogadoras apresentaram o projeto e a equipe envolvida em evento realizado na capital paulista. A maior motivação para a mudança de modalidade foi a de enfrentar desafios. "Vamos sair da zona de conforto e trilhar novos caminhos. Precisaremos de muito trabalho, fé e luta", disse Mari. "Buscaremos a corrida olímpica

(para os Jogos de Paris, em 2024, pois as duplas de Tóquio-2020 já estão definidas)

e sabemos que existem atletas treinando há muito mais tempo. É uma decisão séria, porque a gente sabe que essa transição é, na verdade, uma transformação em nossas vidas", completou Paula.

Publicidade

Campeãs olímpicas, Mari e Paula Pequeno oficializam dupla no vôlei de praia Foto: Daniele Bellini/Estadão

As jogadoras prometem manter a alta performance que tiveram nas quadras. "Sabemos o nível de dificuldade que vai ser conseguir realizar nossos sonhos nessa empreitada. Éramos borboletas voadoras na quadra e vamos voltar para o casulo e aprender tudo novamente", comparou Paula.

A dupla participou da conquista da primeira medalha de ouro da seleção brasileira feminina de vôlei em uma Olimpíada, em Pequim-2008. Paula também esteve no bicampeonato em Londres-2012. Elas ainda jogaram juntas no time de Osasco, na Turquia e são amigas há mais de 20 anos. O projeto começou nos últimos meses e as atletas seguem um cronograma de preparação para iniciar a disputa de campeonatos a partir do próximo ano. O técnico Alexandre Rivetti ainda não definiu a data exata de estreia da dupla em torneio oficiais.

"A ideia é que a gente consiga colocá-las para a jogar a partir do ano que vem, sem uma data específica. Tudo vai depender da evolução dos treinos para que cheguem com uma experiência maior. Vamos participar de amistosos antes de entrar no circuito, já que a nova etapa começa apenas após o segundo semestre."

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

Mari está fora de competições profissionais desde a temporada 2016/2017, quando defendeu o Vôlei Bauru. Já Paula Pequeno jogou a última Superliga pelo Osasco-Audax e só parou com a eliminação da equipe nas quartas de final da competição. Entre as principais diferenças já detectadas neste início de treinamentos está a exigência na parte física. "A quadra cobra mais potência e explosão. Já na areia a parte aeróbica é bem mais demandada. Fora a natureza, sol, chuva, areia quente, areia fria", comenta Paula.

Quando questionadas se a idade pode ser uma barreira para a disputa dos Jogos Olímpicos em Paris-2024 - Mari tem 36 e Paula 37 - , as jogadoras concordam que a idade pode influenciar, mas dizem que a longevidade dentro da praia é maior, já que o impacto é menor quando comparado com a quadra e isso pode prolongar a vida útil delas na modalidade. "A idade pesa. É claro que as mais novas terão mais gás. Por isso vamos correr atrás", diz Paula.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.