Difícil reclamar de quem vence.
Difícil criticar o Corinthians.
Mas fazer o óbvio não tem graça.
Talvez para clubes como Santos, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco, Inter-RS, Grêmio, Cruzeiro ou qualquer outro que tenha sentido o gosto de levar para sua sala de troféus a taça da Libertadores, manter o grupo campeão seja suficiente para vencer a cobiçada competição continental. Não é o caso do Corinthians.
O raciocínio é simples e nada original. O ineditismo desta conquista impõe pressão gigante sobre todos no Parque São Jorge, resultado da ansiedade e expectativa dos torcedores, dirigentes, atletas, integrantes da comissão técnica, enfim, Deus e o mundo.
Portanto, é natural que esta equipe, exposta a este clima, não consiga repetir na Libertadores o rendimento que apresentou no Brasileiro de 2011 e no início desta temporada no Paulista.
E para compensar esta iminente queda de produção, o técnico Tite precisa de um fator novo, que pode ser uma contratação e/ou um jeito novo de jogar.
A estratégia das "goleadas" por um gol de diferença pode transmitir segurança no momento de administrar o resultado.
Porém, em um mata-mata de Libertadores, quando, eventualmente, for necessário buscar o empate ou uma virada, não será suficiente ter uma equipe organizada.
Para realizar o sonho de sua torcida a acabar com a zica, o Corinthians precisa de mais.