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WSL deve manter etapa do circuito mundial de surfe por um bom tempo em Saquarema

Sucesso de público, boas ondas e retorno financeiro colocam município da Região dos Lagos em evidência

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan

RIO - Considerada um sucesso de público e arrecadação, a etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe deverá se fixar em Saquarema por um bom tempo. Após passar a maior parte das últimas duas décadas sendo disputada em Imbituba (SC), e depois na Barra da Tijuca, no Rio, foi no município da Região dos Lagos que a competição encontrou a melhor conjugação de fatores, com boas ondas, grande presença de público e ótimo retorno financeiro.

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No mês passado, a EY divulgou um estudo de impacto econômico que apontou que a etapa de Saquarema, disputada em junho, movimentou R$ 73 milhões na economia na cidade. Para se ter uma ideia, o orçamento total do município previsto para este ano é de R$ 1,8 bilhão, potencializado pelos royalties de petróleo a que a cidade tem direito. Ou seja, somente a etapa do Circuito Mundial de Surfe foi responsável por cerca de 4% da receita prevista para o município este ano.

“A gente tem uma parceria muito legal com Saquarema. Os atletas adoram as ondas, eles falam que é o Maracanã do surfe, e a comunidade nos recebe muito bem. Temos uma combinação muito positiva”, diz Ivan Martinho, CEO da WSL America Latina, ao Estadão.

Ele afirma que a etapa brasileira no município agrada por todos os vieses, seja o esportivo, seja o financeiro, além de ser bem aceito pelos moradores. “O primeiro aspecto a se considerar é que é muito importante que a comunidade goste de receber a gente. A estrutura começou a ser montada 45 dias antes, tem um reflexo na praia, mas isso não foi um problema. Segundo aspecto, e muito importante, é a qualidade das ondas. Se a praia for linda e não tiver ondas, não adianta para nós. E a terceira coisa é a gente ter espaço para conseguir realizar o evento, dando a oportunidade para todos os parceiros comerciais interagirem com as pessoas”, pontua Martinho.

Filipe Toledo durante etapa do Circuito Mundial em Saquarema Foto: Damien Poullenot/WSL

O executivo lembra que, em Saquarema, o público lota as areias da praia e os patrocinadores conseguem aproveitar a circulação de pessoas para fazer ativações de suas marcas, algo inviável em outras etapas consideradas badaladas mundo afora. “O Tahiti tem ondas maravilhosas, mas é difícil fazer. As pessoas precisam ficar nos barcos para assistir. Aqui é um evento de fã, e grande parte dos nossos patrocinadores leva esse aspecto muito em conta.”

Além de Saquarema, municípios do entorno também se beneficiam no evento. “A gente não está falando só de surfe. Hotéis, pousadas e restaurantes também se beneficiam. A rede hoteleira esgotou, e muita gente ficou hospedada em Búzios, Cabo Frio”, recorda Martinho. “E tem outro aspecto: normalmente eventos dessa magnitude ocorrem em grandes centros urbanos, o que não é o caso de Saquarema. A etapa de lá colocou Saquarema no New York Times. Já imaginou a magnitude disso?”

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