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Yaras disputam Copa do Mundo de Rúgbi Sevens em busca de resultado inédito

Seleção brasileira feminina estreia dia 9, contra a Irlanda, na competição que será realizada na África do Sul; ao Estadão, o treinador William Broderick e a atleta Andressa Alves se mostram confiantes, em especial após a conquista do Sul-Americano

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Foto do author Murillo César Alves
Por Murillo César Alves

Além do futebol no Catar, 2022 é o ano da Copa do Mundo em outra modalidade, em crescimento no País. Em setembro acontece o Mundial de Rubgy Sevens feminino, que será disputado na África do Sul, com a presença das “Yaras”, seleção brasileira da categoria. Com 16 equipes participantes, o Brasil estreia no dia 9 de setembro, contra a Irlanda, nas oitavas de final - torneio no formato de mata-mata.

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A Copa do Mundo já teve quatro edições até 2022, com a participação das Yaras em todos os anos. Em 2009, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), o Brasil acabou na 10ª colocação. Em 2013, em Moscou (Rússia), e em 2018, em São Francisco (Estados Unidos), as Yaras ficaram com a 13ª colocação.

Em 2022, a seleção brasileira conta com um dos times mais preparados para a disputa em sua história. Uma vitória diante da Irlanda e o Brasil irá registrar sua melhor participação na história da competição. E o resultado não é impossível: em 18 confrontos, as Yaras já conquistaram seis vitórias contra o adversário das oitavas.

Yaras estreiam nesta sexta-feira na Copa do Mundo de Rugby Sevens. Foto: Fotojump/CBRu

É uma oportunidade para continuar fortalecendo a categoria no País e a comissão técnica, juntamente com as atletas, sabem disso. Antes de viajarem para a África do Sul, William Broderick, técnico das Yaras, e Andressa Alves, atleta do El Shaddai-RJ, conversaram com o Estadão.

No cargo de treinador da seleção brasileira e integrante da Confederação Brasileira de Rugby desde 2020, o inglês Will é peça fundamental da estruturação do esporte no País. Um “brasileiro com sotaque britânico”, ele esteve presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e observa de perto essa evolução da equipe.

“Os resultados não são à toa. É perceptível a evolução da seleção nos últimos anos”, conta o treinador. Em Tóquio, o Brasil terminou na última colocação do grupo, que contou com França e Fiji, medalhistas de prata e bronze, respectivamente. “Eu estou aqui para desenvolver o esporte. Sei que meu cargo não é para sempre, mas fico satisfeito com os resultados alcançados até aqui”.

Will Broderick é técnico da seleção desde 2020. Foto: Fotojump/CBRu

Em junho, as Yaras conquistaram seu 20º título Sul-Americano de rúgbi sevens, que garantiu a vaga da seleção para os Jogos Pan Americanos de Santiago 2023. Esse domínio no continente é nítido no resultado da final: 27 a 0 para o Brasil, diante da Colômbia. Mesmo assim, tanto jogadores quanto a comissão técnica não subestimam essa competição. “Quando disputamos o Sul-Americano, mesmo que as seleções estejam em um nível mais baixo, elevamos o nível da disputa. Todos os anos”, conta a atleta Andressa Alves.

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“Demos o nosso máximo em campo, Além da conquista em 2022, as Yaras conquistaram a competição em 2021 - título que garantiu a vaga da seleção na Copa do Mundo deste ano. Apesar do domínio em todos os outros anos, tanto o técnico Will quanto Andressa destacam um aspecto que consolida o desempenho das Yaras: a união do grupo e a confiança no elenco.

“Eu confio em todas as jogadoras. Caso contrário, não as teria convocado. Os últimos resultados, desde 2020, mostram que estamos no caminho certo”, afirma o técnico. “Mesmo o pessoal que não está na lista final doou o seu máximo nos treinos. Isso nos faz mais forte a longo prazo, porque sabemos que estamos jogando também por elas”, diz Andressa.

Partida contra a Irlanda

Para alcançar o resultado inédito, é necessário vencer a Irlanda. Em caso de vitória, as Yaras enfrentarão Nova Zelândia ou Colômbia nas quartas de final, mas Will sabe desse desafio. “É um confronto difícil, mas não impossível. Desafiador porque é uma equipe que joga diferente da gente e traz coisas novas para o campo”, enfatiza o técnico. “Vencemos grandes seleções, como a Inglaterra nos últimos anos, e isso é fruto do nosso trabalho. Contra a Irlanda será mais um capítulo dessa evolução”.

Para o Mundial, a comissão técnica de Will convocou 12 jogadoras, incluindo Andressa Alves, que disputa sua primeira Copa do Mundo. “Um elenco em renovação, com novas ‘Yaras’. Essa é a ideia por trás da convocação”, afirma o treinador, que pontua que metade das atletas não estiveram presentes no último Mundial, em 2018.

Andressa irá disputar seu primeiro mundial neste ano. Foto: Fotojump/CBRu

A seleção estreia no dia 9, sexta-feira, contra a Irlanda, às 8h54 (horário de Brasília). Em caso de derrota, as Yaras enfrentam quem perder de Nova Zelândia e Colômbia, em busca do nono lugar da Copa do Mundo. Em um torneio de tiro curto, a final acontece no mesmo final de semana, dia 11.

Confira a seleção brasileira convocada:

1. Mariana Nicolau – São José (SP)

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2. Luiza Campos – Charrua (RS)

3. Larissa Alves – Curitiba (PR)

4. Leila Silva – Leoas (SP)

5. Thalia Costa – Delta (PI)

6. Isadora Lopes – Melina (MT)

7. Aline Furtado – USP (SP)

8. Marina Fioravanti – Band Saracens (SP)

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9. Gabriela Lima – El Shaddai (RJ)

10. Andressa Alves – El Shaddai (RJ)

11. Bianca Silva – Leoas (SP)

12. Marcelle Souza – El Shaddai (RJ)

Comissão técnica:

Treinador: Will Broderick

Manager: Danniele Abreu

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Ismael Arenhart – Preparador físico

Beatriz Rodrigo – Fisioterapeuta

Tabela de jogos das oitavas de final

Sexta-feira, 09/09 (horários de Brasília)

07h11 – Austrália x Madagascar

07h33 – Estados Unidos x Polônia

07h55 – Canadá x China

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08h17 – Fiji x Japão

08h54 – Irlanda x Brasil

09h16 – Inglaterra x Espanha

10h37 – Nova Zelândia x Colômbia

13h35 – França x África do Sul

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