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Carta falsa de general exalta ditadura militar e faz críticas ao STF

Mensagem com erros de português e teor alarmista diz que Brasil passa por ‘momentos de instabilidade nacional’

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Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

Sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão

Uma carta falsa atribuída ao general Gilberto Pimentel circula pelas redes sociais espalhando uma mensagem de exaltação à ditadura e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O texto supostamente publicado em um "blog fechado para militares" tem informações incorretas e foi desmentido pelo Clube Militar.

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A mensagem falsa teria sido "publicada" às 11h45 do dia 22 de abril no Exarnet, classificado pelo boato como "blog fechado de militares" e diz que o Brasil passa por "momentos de instabilidade nacional" devido a "dois bandidos de toga". O autor pede aos "amigos de farda" que se levantem e fiquem de prontidão. A carta é assinada pelo "general de brigada Gilberto Pimentel, presidente do Clube Militar".

Procurado, o Clube Militar informou ao Estadão Verifica que a mensagem é "fake news".

Gilberto Pimentel também não é o atual presidente do clube e nem general de brigada, e sim general de divisão, tendo ficado à frente da instituição por dois mandatos entre 2014 a 2018. Em seguida, quem assumiu foi o hoje vice-presidente Hamilton Mourão, que deixou o cargo para disputar as eleições no mesmo ano.

O atual presidente do Clube Militar é o general de divisão Eduardo José Barbosa.

A carta falsa também contém uma informação incorreta: o Exarnet é, na verdade, uma página para reservistas do Exército obterem informações para sua apresentação ao Serviço Militar. Não há um espaço de blog para publicações.

Outro ponto chamativo na mensagem é a quantidade de erros de português, palavras em caixa alta e o teor alarmista, presente em boatos semelhantes que circulam pelo WhatsApp. Um exemplo recorrente é o texto falso sobre "o papel dos militares" atribuído ao jornalista Alexandre Garcia. O profissional também desmentiu ter escrito a mensagem.

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Recebeu algum boato? Envie para o WhatsApp do Estadão Verifica, (11) 99263-7900.

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