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Não é Jayme Monjardim homem que critica campanha de Haddad em vídeo

Gravação é de 2018 e foi feita por publicitário de São Paulo, não por diretor de TV

Por Beatriz Bulhões
Atualização:

Não é o diretor de TV Jayme Monjardim o homem que aparece em vídeo no WhatsApp criticando a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). O autor do vídeo, na realidade, é um publicitário de São Paulo. A gravação foi feita em 2018 e voltou a circular recentemente. Leitores pediram a checagem pelo número (11) 97683-7490.

O autor do vídeo se apresenta no Facebook como Ival Dias da Gama, profissional de marketing. Ele acumula 27 mil seguidores na rede social, onde publicou um comunicado reiterando que é ele quem aparece no vídeo com críticas a Haddad, e não Jayme Monjardim. "Na época disseram que era o Jayme Monjardim e eu fiz um comunicado desmentindo. Volto a fazê-lo pois o vídeo voltou a circular nas redes sociais", escreveu.

 

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Na mesma postagem, Ival ressaltou que "o vídeo em questão nem espelha a realidade dos dias de hoje", visto que Haddad está concorrendo ao cargo de governador de São Paulo e não é mais adversário direto de Jair Bolsonaro (PL) na corrida à Presidência. No vídeo, o publicitário chama Haddad de "canalha" e critica uma propaganda do petista que mostra uma criança atirando contra o pai.

Outro vídeo de Ival também teve a identidade trocada: ele foi confundido com o diretor de redação da revista Veja, como mostra checagem do Estadão Verifica publicada em 2018.

O verdadeiro Jayme Monjardim é bastante ativo nas redes sociais, com 223 mil seguidores no Vídeo da campanha de Haddad mostrava criança atirando em adulto

A propaganda de Haddad citada por Ival foi divulgada em 17 de outubro de 2018. No vídeo de campanha, um menino brinca com bonecos, até que vai ao quarto do pai e encontra uma arma. Rindo, ele aponta para o pai e atira. Na época, o perfil de Haddad no Twitter compartilhou a peça com a legenda: "É pela vida".

A publicação em questão não está mais disponível e, segundo o Twitter, "foi retirada no Brasil em resposta a uma demanda legal". Os comentários que ainda estão disponíveis são, em sua maioria, contrários à campanha.

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