Uma imagem circula nas redes sociais com a falsa informação que o governador João Doria retirou um helicóptero do Estado das funções de atendimento de saúde para "atender sua agenda política". As imagens com a peça são datadas a partir do último dia 28, assim como uma publicação do site "Tempo MS News". O boato distorce uma ação do governador do último dia 24.
Doria pediu, no dia 24 de março deste ano, a transferência de um helicóptero modelo Agusta, o Águia 32, da Polícia Militar Ambiental, para uso do Palácio dos Bandeirantes. A aeronave ficaria à disposição do gabinete do governador e de outras autoridades do palácio. A medida foi criticada por diversos perfis nas redes sociais, entre eles o do deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) e do deputado estadual Frederico D'Avila (PSL-SP).
Após a repercussão negativa e o questionamento do jornal Folha de S. Paulo, o governador voltou atrás no mesmo dia e chegou a publicar em suas redes sociais a respeito:
A destinação do helicóptero para atendimento emergencial foi feita, segundo o governador, porque a fiscalização ambiental pode ser feita com 200 drones adquiridos que "garantem mais eficácia e menor custo no combate ao desmatamento".
Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.
Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.