Vídeo mostra estudantes correndo de gás lacrimogêneo, e não de 'vacinação obrigatória'

Gravação que circula no WhatsApp mostra alunos nigerianos fugindo de escola após explosão de lata de gás de pimenta, em maio de 2019

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Atualização:

Um vídeo que mostra dezenas de alunos uniformizados fugindo de dentro de uma escola tem sido compartilhado fora de contexto nas redes sociais. A gravação foi feita em maio de 2019, na Nigéria, e retrata a confusão após a explosão de uma lata de gás lacrimogêneo. Recentemente, o vídeo passou a circular com legenda que inventa que os alunos estariam fugindo de vacinação obrigatória contra a covid-19.

 Foto: Estadão

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A gravação foi feita meses antes dos primeiros registros de casos de covid-19, em dezembro de 2019. As imagens em que estudantes pulam do primeiro andar da escola foram publicadas no canal de YouTube nigeriano Daily Trust TV. O apresentador afirma que 40 pessoas ficaram feridas na explosão de uma escola secundária de Porto Harcourt, capital do estado de Rios.

O jornal nigeriano The Guardian disse que a polícia local apurou que um jovem de 17 anos trouxe a lata de gás lacrimogêneo para a escola. Enquanto ele e os amigos brincavam com o apetrecho, ele explodiu. O estouro causou pânico, o que fez com que outros estudantes pulassem do primeiro andar da escola. A polícia acreditava que o aluno pegou o gás de pimenta de um tio que era policial.

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A Nigéria recebeu no início de março 4 milhões de doses de vacina contra a covid-19 por meio do consórcio Covax Facility, aliança da Organização Mundial de Saúde (OMS). O país também aprovou o uso do imunizante Oxford/AstraZeneca em fevereiro. O Estadão Verifica não encontrou referência à obrigatoriedade de vacinação no site da agência de vigilância sanitária nigeriana.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em dezembro do ano passado que Estados e municípios podem decidir sobre a obrigatoriedade da imunização e impor restrições a quem recusar se vacinar contra a covid-19. Isso não significa que pessoas serão imunizadas à força ou sem consentimento.

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