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Alarme sobre pneumonia atípica se estende por todo o planeta

Por Agencia Estado
Atualização:

A pneumonia atípica ou Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) que conta com mais de uma centena de infectados em vários países e já causou a morte de pelo menos dez continua a preocupar as autoridades, especialmente depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um "alerta sanitário mundial", no sábado. O medo também tem feito aparecer boatos, como no Brasil. Hoje uma agência de notícias chegou a divulgar a ocorrência de quatro mortes em Foz do Iguaçu em decorrência de uma doença com sintomas semelhantes ao da Sars. No início da noite, porém, a chefe da Vigilância Sanitária da cidade, Alice Macedo, negou essa informação, por meio da Assessoria de Imprensa. "Não ouvimos falar disso em momento algum e não procede a informação", acentuou o diretor de Comunicação da prefeitura,Reginaldo Silva. A Secretaria Estadual da Saúde também afirmou não haver registros da doença no Estado. Em todo o caso, hoje deve ser feita uma apuração mais detalhada em todos os hospitais da região. A suspeita de que a doença teria chegado ao País surgiu hoje, depois que o ministro da Saúde Pública do Paraguai, José Mayans, anunciou, em Assunção, estar investigando a morte de Mirna Ramona Benítez, de 20 anos, de uma pneumonia fulminante, em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil. Agente Ainda não se conhece o agente patogênico, mas os especialistas estão cada vez mais inclinados a pensar que a doença é causada por um microorganismo novo. "Não se parece com nenhum outro", admitiu o diretor do Instituto Americano para as Doenças Alérgicas e Infecciosas, Anthony Fauci. O agente causador é resistente aos antibióticos e antivirais conhecidos. Os médicos da Clínica Universitária de Frankfurt, no entanto, acreditam que se trata de um paramixovírus, grupo que engloba agentes infecciosos que causam doenças como o sarampo, o bócio e uma pneumonia que afeta os ratos. A clínica abriga um infectado pela Sars, um médico de Cingapura que teria tratado de um paciente com doença em seu país, antes de viajar para Nova York. O médico, sua mulher e sua sogra foram retirados de um vôo dos EUA para Cingapura, com escala em Frankfurt, no sábado, e internados com os sintomas da doença. Nos outros países, era esta a situação hoje: em Hong Kong, o número de infectados passou de 95, na segunda-feira, para 123. No Vietnã, há 60 casos; em Cingapura, 23; na Austrália, cerca de 20; no Canadá, 10. Há suspeita de casos na Espanha, nos EUA, na Grã-Bretanha e em Israel.

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