Annan viaja ao Oriente Médio esta semana

A primeira escala da viagem do secretário-geral da ONU é em Bruxelas, onde terá um encontro com ministros da União Européia

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, deve viajar para o Oriente Médio ainda esta semana. A viagem foi anunciada nesta quarta-feira, 23, pelo porta-voz da ONU. A autoridade visitará o Líbano, Israel e, provavelmente, Síria e Irã. O objetivo da visita é angariar apoio para a resolução 1701, que determinou o frágil cessar-fogo entre Exército israelense e a milícia Hezbollah. A primeira escala da viagem de Annan é em Bruxelas, onde o líder da ONU terá um encontro com ministros da União Européia. Durante a reunião será discutida a contribuição européia na expansão de uma missão de paz da ONU, no sul do Líbano. A ONU tem apelado para a participação de tropas européias em uma ação conjunta de paz, para balancear a ação de países não-mulçumanos, o que facilitaria a aceitação das tropas entre israelenses e libaneses. De Bruxelas, o secretário-geral da ONU viaja para o Líbano e Israel, onde deve se reunir com autoridades dos dois países, na tentativa de ampliar o apoio das duas nações à resolução 1701, adotada em 11 de agosto, anunciou o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric. Annan também planeja visitar a Autoridade Palestina, Qatar, Turquia, Arábia Saudita, Egito, Jordânia e, assim que possível, Síria e Irã. "A seqüência das paradas ainda não foram definidas e estão sendo analisadas", afirmou Dujarric. Influências nos países vizinhos A visita de Annan prevê a passagem pelo Irã e pela Síria justamente porque os dois países mantêm influências de negociação no Líbano. "São negociadores importantes para a implementação completa da resolução 1701. Por isso, são muito importantes", disse o porta-voz. Os dois países são importantes patrocinadores do Hezbollah e forneceram armas durante os 34 dias de confronto entre a milícia e o Exército israelense. Desde o cessar-fogo, Israel tem acusado os dois países de darem suporte armamentista ao grupo, o que desrespeita embargo da ONU de setembro de 2004. "Precisamos falar com esses países que têm influência", disse Dujarric. Por enquanto, não há informações sobre uma eventual reunião com lideranças iranianas para tratar a respeito do programa nuclear do país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.