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Atentado mata militante em festa de partido separatista de Quebec

Atirador contrário à soberania quebequense dispara em comício de Pauline Marois, eleita premiê da província

Por OTTAWA
Atualização:

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida num atentado durante a festa da vitória do Partido Quebequense (PQ), que defende a separação de Quebec do Canadá. O partido elegeu Pauline Marois primeira-ministra da província.A polícia deteve o homem mascarado que atirou e matou um correligionário durante a celebração em uma popular casa noturna de Montreal. O atirador foi identificado como Danny Richer, de 50 anos. Segundo informações de testemunhas, ele teria tentado atear fogo ao local e, ao ser abordado pelos segurança, gritou "os ingleses estão acordando". Ele é contrário ao projeto separatista.Na ocasião, Pauline dirigia-se a centenas de eleitores que comemoravam o retorno do PQ ao governo após nove anos. Ela foi retirada às pressas do palco após o disparo. Em seu discurso, ela exaltava a soberania da província e reafirmando que "o futuro de Quebec é se tornar um país soberano".A primeira mulher a comandar a província franco-canadense venceu as eleições, realizadas na terça-feira, por menos de 1 ponto porcentual - cerca de 32 mil votos. A vitória apertada rendeu ao PQ 54 lugares no Parlamento da província - de um total de 125 cadeiras. Como não conseguiu maioria, Pauline precisará do apoio de outros partidos para aprovar projetos, o que torna mais difícil avançar a agenda separatista do PQ, especialmente a convocação de um novo referendo sobre a independência de Quebec, nos moldes do realizado em 1995, quando os separatistas perderam por 52 mil votos. Dados não oficiais indicam que o Partido Liberal, governo desde 2003, teria ficado em segundo lugar e feito 50 deputados. A província é a segunda mais populosa do Canadá. Cerca de 80% dos 7,8 milhões de habitantes de Quebec falam francês. / REUTERS e AP

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