Comando israelense captura milicianos do Hezbollah

Na última madrugada, o Exército israelense fez seu primeiro ataque no sul do Líbano desde que o cessar-fogo entrou em vigor

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Por Agencia Estado
Atualização:

O comando israelense que interveio neste sábado no sul do Líbano deteve vários milicianos do grupo xiita Hezbollah, segundo o canal 10 da televisão israelense. As informações, porém, não foram confirmadas pelo Exército de Israel. Na última madrugada, o Exército israelense fez seu primeiro ataque no sul do Líbano desde que o cessar-fogo entrou em vigor, quando uma unidade transportada por helicóptero atacou uma base do Hezbollah perto da localidade Baalbek. Um soldado israelense morreu na operação, e dois ficaram feridos. Israel defendeu a intervenção de seu Exército alegando que teve que agir por conta própria porque o Exército libanês e as forças da ONU não estavam zelando para o cumprimento do acordo de cessar-fogo, no que diz respeito ao armamento do grupo xiita. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelenses, Mark Regev, disse que "Israel tem direito de agir em defesa do princípio do embargo de armas", e que ações como a deste sábado serão "supérfluas" quando houver a ação do Exército libanês e das forças da ONU. A resolução 1701, aprovada no fim de semana passado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, não permite venda nem fornecimento de armas ou "material anexo" ao Líbano, exceto com a autorização do governo do país. Mas, se limita a pedir que o governo do Líbano "garanta suas fronteiras para evitar a entrada de armas sem seu consentimento", e pede à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) que preste assistência a Beirute quando for solicitada. O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, qualificou a operação do comando israelense de "flagrante violação" do cessar-fogo, enquanto o ministro da defesa libanês, Elias Murr, advertiu que seu país "revisará" o posicionamento do Exército no sul do país se "as agressões israelenses" continuarem.

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