Comissão norueguesa conclui que operação policial em Utoya falhou

Polícia teria falhado no objetivo de 'proteger as pessoas' que estavam no local da tragédia

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Por Efe
Atualização:

BERLIM - A comissão independente criada para avaliar a operação policial durante o massacre da ilha norueguesa de Utoya informou nesta segunda-feira, 13, que a polícia deveria ter atuado de forma "mais rápida", embora admita que não há "razões para pensar" que o ataque pudesse ter sido evitado.Veja também:linkNoruega homenageia vítimas de duplo atentado de 1 ano atráslinkNoruega combate xenofobia um ano após massacreforum CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOKSegundo a comissão, que recebeu o nome de "Comissão 22 de julho", data em que aconteceu o massacre cometido pelo ultradireitista Anders Behring Breivik, a polícia "falhou" no objetivo de "proteger as pessoas" que estavam no local da tragédia.O relatório, lido pela jurista Alexandra Bech Gjorv, a líder da comissão, recomenda a adoção de "novas medidas preventivas" para impedir no futuro este tipo de ataque. Além disso, destaca como positiva a "boa comunicação" do governo com os cidadãos, assim como o fato de que os ministérios conseguiram retomar quase imediatamente suas tarefas e continuar funcionando com normalidade, apesar da devastação provocada pela bomba colocada por Breivik no complexo governamental, atentado cometido antes do extremista ir para a ilha.A chamada "Comissão 22 de Julho" apresentou nesta segunda seu relatório, um ano depois do duplo atentado de Breivik, que deixou 77 mortos, oito na explosão de um carro-bomba no centro de Oslo e 69 na ilha de Utoya, em sua maioria adolescentes participantes do acampamento das juventudes trabalhistas. A comissão independente foi criada em agosto do ano passado diante da crescente pressão midiática e social para analisar os supostos erros cometidos pela polícia. O objetivo do grupo, integrado por dez pessoas, entre juristas e especialistas, era elaborar uma avaliação independente do trabalho policial, além de fazer recomendações para prevenir ameaças futuras. Para isso sua tarefa era analisar todos os aspectos relevantes do ocorrido, de forma rigorosa e objetiva, sem se concentrar em atuações individuais, mas na totalidade da operação.

A comissão foi criada por ordens do primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, com o respaldo da coalizão que forma o governo.

 

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