O Congresso tem 30 dias para revisar a venda, mas não deve fazer objeções. O governo e a oposição americanos avaliam que Taiwan não está adequadamente armado para se defender contra uma China cada vez mais poderosa. Congressistas republicanos elogiaram o anúncio e pediram a venda mais frequente de armas para Taiwan. Desde 2010, o governo dos EUA anunciou mais de US$ 12 bilhões em vendas de armas para Taiwan, mas nenhuma desde os US$ 5,9 bilhões em setembro de 2011. Na ocasião, a China protestou diplomaticamente e suspendeu algumas colaborações militares com os EUA, ainda que o caso não tenha afetado muito os laços. Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China havia emitido um alerta sobre a possibilidade de mais venda de armas dos EUA para Taiwan, dizendo que isso ameaçava a relação com os americanos.
Depois de a guerra civil chinesa acabar, em 1949, com a vitória do Partido Comunista da China (PCC), o antigo governo nacionalista (Kuomintang), de Chiang Kai-shek, refugiou-se na Ilha de Taiwan. Do ponto de vista da diplomacia internacional, passou a existir a República Popular da China, governada pelo PCC, e a República da China, dirigida pelos nacionalistas, mas ambos os lados rejeitaram sempre uma divisão definitiva.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", segundo a mesma fórmula adotada para Hong Kong e Macau ("Um país, dois sistemas"). Mas ameaça "usar a força" se a ilha declarar independência.
O principal fiador da segurança de Taiwan são os Estados Unidos, graças à Lei de Relações com Taiwan, aprovada pelo Congresso americano em 1979 e pela qual Washington se comprometeu a fornecer armas para a defesa da ilha. Taiwan e Estados Unidos mantêm fortes laços econômicos e militares. / Associated Press.