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Filho de Trump recebeu mensagens do WikiLeaks durante campanha presidencial

Conteúdo tratava dos e-mails de democratas que o site vazou em 2016; Trump Jr. tinha enviado as mensagens para vários comitês do Congresso que investigam as tentativas da Rússia de interferir nas eleições

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Por Redação

WASHINGTON - Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente dos Estados Unidos, recebeu mensagens diretas, via Twitter, do site WikiLeaks durante a campanha presidencial de 2016. O conteúdo tratava dos e-mails vazados da democrata Hillary Clinton. A troca de mensagens foi divulgada por ele mesmo na rede social na segunda-feira, 13, depois de a revista The Atlantic trazer o caso à tona.

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Segundo a publicação, o contato pedia que se deletassem mensagens que evidenciam o trabalho do site, que no ano passado vazou uma série de e-mails de democratas. Congressistas democratas reagiram imediatamente à reportagem, dizendo que Trump Jr. devia fornecer mais informações. Richard Blumenthal, Senador por Connecticut, disse que o Comitê Judiciário do Senado deve solicitar documentos e forçar Trump Jr. a testemunhar.

Donald Trump Jr. se comunicou via Twitter com o site WikiLeaks durante a campanha presidencial de 2016. Foto: Brynn Anderson/AP Photo

Ao vazar milhares de e-mails, as agências de inteligência dos EUA acreditam que o WikiLeaks estava atuando como um canal para os agentes russos. Nas mensagens o WikiLeaks pede ao filho do presidente que divulgue os documentos hackeados e também propõe algumas ideias como não reconhecer os resultados dos pleitos no caso de vitória da democrata Hillary Clinton. 

Em outra mensagenm, Trump Jr. se interessa por rumores de um novo vazamento do WikiLeaks de documentos relacionados com Hillary: "O que há por trás dos rumores sobre um vazamento nesta próxima quarta-feira? ".

A essa mensagem de 3 de outubro o WikiLeaks responde no dia 12: "Olá, Donald, que bom ver você e seu pai falando sobre nossas publicações". Nessa mesma mensagem, o Wikileaks "aconselhava" que Trump pai incluísse em seus tweets um link para os documentos vazados do chefe de campanha de Hillary, John Podesta.

Logo depois de Trump Jr. Receber esta mensagem, o então candidato Trump criticou a pouca repercussão em meios de comunicação americanos da "incrível informação proporcionada pelo WikiLeaks". Dois dias depois, Trump Jr. compartilhou com seus seguidores no Twitter o link que o WikiLeaks tinha lhe proporcionado.

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Durante a campanha, a equipe de Trump, incluindo seu atual vice-presidente, Mike Pence, negou qualquer contato com o WikiLeaks. 

Trump Jr entregou nas últimas semanas as mensagens trocadas com o site para vários comitês do Congresso que investigam as tentativas da Rússia de interferir nas eleições. Em setembro, ele reconheceu em uma entrevista a portas fechadas com o Comitê Judiciário do Senado que ele havia se correspondido com o grupo durante a campanha.

E-mails provam que Trump Jr. buscou dados do Kremlin contra Hillary

Na noite de segunda, pelo Twitter, Trump Jr. minimizou a questão. "Aqui está a série de mensagens com WikiLeaks (com minhas enormes três respostas) que alguém das comissões do Congresso optou por seletivamente vazar. Que ironia!", escreveu na publicação acompanhada de prints dos diálogos.

O advogado de Trump Jr., Alan Futerfas, disse que os documentos foram "seletivamente vazados" entre os milhares que foram entregues aos investigadores. "Podemos dizer com confiança que não temos preocupações sobre esses documentos e qualquer dúvida levantada sobre eles foi facilmente respondida no fórum apropriado", disse em comunicado.

Também pelo Twitter, Julian Assange disse que não podia confirmar o contato entre Trump Jr. e WikiLeaks, uma vez que o site não guarda esses registros, e que a reportagem da revista foi "editada e, claramente, não tem o contexto completo".

Trump Jr. foi protagonista de outro escândalo maiúsculo que explodiu meses atrás, quando se soube que também durante a campanha tinha se reunido com uma advogada russa que supostamente tinha informação prejudicial contra Hillary Clinton /AP, EFE e NYT

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