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IPS pede aos EUA que libere documentos sobre Letelier

Ex-chanceler e seu assistente foram assassinados pela polícia secreta de Pinochet

Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto de Estudos de Política (IPS), para o qual trabalhava o ex-chanceler chileno Orlando Letelier, pediu ao governo dos Estados Unidos que libere os documentos sobre seu assassinato, após a morte do ex-ditador Augusto Pinochet. "Trinta anos depois deste crime horrível, queremos saber exatamente o que o governo dos EUA sabia sobre um ato que acabou com a vida de nossos parentes e companheiros de trabalho", afirma a carta assinada por John Cavanagh, diretor do IPS, e dirigida ao presidente George W. Bush. Em 1999, o governo liberou o acesso a mais de 16 mil documentos sobre o Chile. Mas manteve classificados os relacionados com o assassinato, em 21 de setembro de 1976, de Letelier e de seu assistente Ronni Moffitt, em Washington. Letelier e Moffitt foram assassinados pela Polícia secreta de Pinochet (Dina). O Departamento de Estado disse então que não revelava os papéis porque mantinha uma investigação sobre o caso. Para o IPS, o tema era o papel de Pinochet no atentado. "A morte de Pinochet eliminou qualquer desculpa para manter em segredo os documentos", afirmou Cavanagh, que assinou a carta em nome da viúva de Letelier e seus filhos, e dos pais de Moffitt, entre outros.

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