VIENA - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou em um novo relatório que o Irã tem cumprido o acordo nuclear interino assinado em novembro do ano passado com seis grandes potências. Segundo a agência nuclear da ONU, o país diluiu quase 75 quilos de urânio enriquecido a 20% - mais de um terço do que tinha há dois meses.
Esse porcentual de enriquecimento do mineral torna, em tese, mais fácil a produção de armas nucleares e era alvo de preocupações das potências nucleares ocidentais.
Segundo o documento, enviado ontem à noite em Viena pela agência nuclear da ONU a seus países-membros, o Irã manteve a suspensão de parte de suas atividades atômicas em troca da retirada parcial das sanções internacionais. Os iranianos não enriqueceram urânio acima de 5%, assim como não colocaram em funcionamento novas centrífugas para produzir esse material.
O organismo confirmou também que, conforme o previsto no acordo, o Irã não avançou mais nas atividades das usinas de Natanz, Fordo e Arak, as três principais instalações de seu amplo programa nuclear.
Além disso, os iranianos apresentaram informação sobre o projeto da usina de água pesada de Arak, enquanto Natanz e Fordo recebem visitas diárias dos inspetores da AIEA. Países ocidentais temiam que o regime persa pudesse produzir plutônio - outro material usado em armas atômicas, na central de Arak.
O acordo nuclear interino, assinado entre Irã e o grupo 5+ 1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha), prevê formalizar até julho um acordo global que ponha fim ao controverso programa nuclear do Irã. As partes se reuniram esta semana em Viena para seguir negociando e pactuaram uma nova rodada de conversas para 7 de abril, novamente na capital austríaca. / EFE
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