Israel bloqueia acesso à igreja da Natividade em Belém

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Por Agencia Estado
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Forças israelenses cercaram a praça que rodeia a Igreja de Natividade em Belém, na Cisjordânia, impedindo que os fiéis assistissem à missa dominical, como parte das medidas de segurança impostas a essa cidade de onde veio o terrorista palestino que matou 11 pessoas em um ônibus em Jerusalém na semana passada. Enquanto soavam os sinos da igreja, os soldados mantinham o toque de recolher e patrulhavam as ruas vazias da cidade bíblica, permitindo apenas a 15 monges o acesso ao templo construído sobre o local onde nasceu Jesus. Os residentes de Belém estão sob toque de recolher desde a última sexta-feira, a partir de quando os soldados israelenses já invadiram casas de mais de 30 palestinos, três dos quais supostamente vinculados a ataques suicidas. Entre outros, as forças israelenses detiveram o tenente-coronel Khaled Maraka, oficial da Força 17, do líder palestino Yasser Arafat, e outras três pessoas em Beit Omar, e buscaram outros militantes na cidade de Tubas. Ali, eles arrombaram as portas de uma mesquita em busca de Mohammed Alkilani, que convoca os muçulmanos locais para as orações, mas não o encontraram no interior do templo. Em Ramallah, a Autoridade Palestina proclamou o funcionário da agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNWRA) Iain John Hook, morto na sexta-feira em Jenin, como "mártir da Intifada". Arafat acusou Israel de ter impedido a rápida intervenção de um ambulância na tentativa de salvar o funcionário. Por sua vez, através de um comunicado, a UNWRA qualificou de "totalmente incrível" a versão da morte de Hook apresentada pelo exército israelense e disse que prosseguirá as investigações sobre o caso. O exército israelense admitiu que dois de seus soldados mataram Hook "por engano" ao confundirem o telefone celular nas mãos da vítima com uma granada.

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