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Jordânia ameaça rever relações com Israel se colônias forem anexadas

O reino, juntamente com o Egito, tem assinado um tratado de paz com Israel

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Por Redação
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AMÃ - O primeiro-ministro da Jordânia, Omar Razzaz, ameaçou nesta quinta-feira, 21, reconsiderar as relações do reino com Israel se o Estado hebreu executar seus planos de anexar territórios palestinos na Cisjordânia ocupada. 

"Não aceitaremos medidas israelenses unilaterais para anexar os territórios palestinos e teremos de reconsiderar as relações com Israel em todas as suas dimensões", disse Razzaz em entrevista à agência de imprensa oficial jordaniana Petra

Rei Abdullah, da Jordânia, conversa com presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas Foto: REUTERS/Nasser Nasser/Pool

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"Mas não vamos nos apressar", declarou o primeiro-ministro da Jordânia, cujo país assinou, juntamente com o Egito, um tratado de paz com Israel. 

"Esperamos que uma posição árabe unificada seja adotada para responder às ameaças (da anexação) e que a comunidade internacional cumpra seu dever de proteger a paz, não apenas nesta região, mas em todo o mundo", afirmou. 

Israel planeja anexar mais de 130 colônias judaicas na Cisjordânia ocupada e no Vale do Jordão, uma área que se estende entre o Lago Tiberíades e o Mar Morto, e que se tornaria a nova fronteira oriental de Israel com a Jordânia. 

Mais de 600 mil israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia, consideradas pelos palestinos e pela comunidade internacional como ilegais.

A Jordânia rejeitou repetidamente qualquer anexação israelense de territórios palestinos ocupados, alertando que isso "mataria oportunidades de paz". 

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Em uma entrevista recente à revista alemã Der Spiegel, o rei Abdullah II alertou Israel que qualquer anexação de partes da Cisjordânia poderia levar a um "grande conflito" com a Jordânia. 

O novo governo israelense estudará em breve a implementação do projeto dos Estados Unidos para o Oriente Médio, que prevê a anexação acima mencionada por Israel do Vale do Jordão e das colônias judaicas na Cisjordânia. /AFP

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