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Líder das Farc pede apoio de papa Francisco em reta final do acordo de paz na Colômbia

Timochenko acredita que ameaça de grupos paramilitares pode prejudicar os diálogos e recorre ao ‘protagonismo’ da Igreja

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Por Redação
Atualização:

HAVANA - O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido também como “Timochenko”, pediu em uma carta pública ao papa Francisco seu apoio na reta final do processo de paz na Colômbia frente à ameaça dos grupos paramilitares, que segundo o guerrilheiro podem prejudicar os diálogos.

Em uma mensagem enviada no domingo de Havana, sede das negociações de paz, Timochenko alertou ao chefe da Igreja Católica sobre o perigo sinalizado pelos paramilitares para o encerramento das negociações que pretendem colocar um fim a meio século de enfrentamento armado na Colômbia.

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O líder da guerrilha comunista afirmou que "organizações paramilitares" desataram em uma "ofensiva criminal" contra as negociações de paz iniciadas em novembro de 2012.Nesse sentido, recorreu ao "protagonismo" da Igreja e pediu ao papa Francisco seu apoio na etapa definitiva dos diálogos.

"Pensamos que sua Igreja poderia desempenhar uma tarefa correspondente na Colômbia, desde a mais humilde paróquia a suas mais altas hierarquias: despertar no coração dos confusos o apoio à paz e à reconciliação", disse Timochenko.

Segundo Bogotá, o papa desempenhou "um papel muito significativo" no processo de paz na Colômbia e pediu publicamente ao governo e aos rebeldes que evitem o fracasso das negociações.

O processo, que deveria conduzir em breve a um acordo de cessar-fogo definitivo na Colômbia, ficou em uma situação complicada nas últimas semanas após desacordos sobre o desarmamento da guerrilha e segurança dos futuros ex-combatentes.

As Farc já afirmaram que a ação dos grupos paramilitares contra defensores dos direitos humanos é hoje a maior ameaça ao estabelecimento da paz. /AFP

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