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Meio milhão participa de funeral de ex-presidente sul-coreano

Roh Moo-hyun se suicidou no último sábado frente a acusações de ter recebido US$ 6 milhões por suborno

Atualização:

Cerca de 500 mil pessoas encheram as ruas de Seul nesta sexta-feira para o funeral do ex-presidente sul-coreano Roh Moo-hyun, cujo suicídio, seis dias atrás, levou desolação ao país. A polícia enviou 21 mil homens para impedir

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manifestações de correligionários de Roh, que acusam seus oponentes políticos - liderados pelo presidente Lee Myung-bak - de terem levado o ex-líder à morte em razão de uma investigação sobre suborno.

 

Roh, de 62, morreu no dia 23 de maio após jogar-se de um penhasco atrás de sua casa na vila de Bongha, sul do país. Presidente de 2003 a 2008, ele era investigado pelo suposto recebimento de US$ 6 milhões em suborno durante sua presidência.

 

Roh negou as acusações, mas elas tiveram forte impacto sobre o homem que orgulhava-se de ser reconhecido como um político "limpo" num país que luta contra uma cultura de corrupção fortemente enraizada.

 

O suicídio abalou o país de 49 milhões de habitantes da Coreia do Sul. Embora muitos criticassem sua forma de fazer política, outros saudavam seus esforços para promover a democracia, lutar contra a corrupção e facilitar a reaproximação com a Coreia do Norte.

 

Roh "viveu uma vida inteiramente dedicada aos direitos humanos, à democracia e à luta contra o autoritarismo", disse o primeiro-ministro Han Seung-soo. "Nosso povo não vai esquecer o que você conquistou para o país e para as pessoas, apesar das dificuldades", disse ele.

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