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Missão diplomática na Síria está no 'caminho certo', diz Kofi Annan

Enviado da ONU e da Liga Árabe vê situação como 'perigosa e difícil', mas mantém otimismo

Atualização:

BEIRUTE - O enviado da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Kofi Annan, disse que sua missão de mediação no país árabe está indo no caminho certo, embora a crise de violência não tenha dado sinais de enfraquecimento, informou seu porta-voz nesta segunda-feira, 12.

 

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Annan se encontrou com o presidente sírio, Bashar Assad, assim como líderes da oposição durante o final de semana. O enviado também se reuniu com autoridades do Catar nesta segunda, antes de viajar à Turquia. Ele também falou com o chefe da Liga Árabe e com os chanceleres da Rússia e da Arábia Saudita, todos envolvidos nas negociações para o fim da crise na Síria, de acordo com o porta-voz Ahmad Fawzi.

 

"Esse é o início do processo e o enviado acredita que estamos no caminho certo. Ele ofereceu propostas concretas a Assad para o fim das hostilidades, acesso humanitários e diálogo político e espera ouvir uma resposta em breve", disse Fawzi. Ainda segundo o porta-voz, Annan está "preocupado com o fato de que a violência continua enquanto ocorrem as negociações".

 

Diversos ataques foram reportados na Síria durante a visita de Annan, como a ofensiva do Exército sobre a cidade rebelde de Idlib, no noroeste. A mídia estatal e ativistas da oposição disseram que dezenas de civis foram assassinados também em Homs, mas deram informações conflitantes sobre os responsáveis pelos crimes.

 

Depois das "cândidas e compreensivas" reuniões com Assad, Annan disse que seria difícil chegar a um acordo, mas ainda assim manteve uma postura otimista. "A situação é tão ruim e perigosa que nós não podemos nos dar ao luxo de falhar", disse o ex-secretário-geral da ONU em Damasco.

 

Annan planeja entrar em contato com facções da oposição, incluindo o Conselho Nacional da Síria, os Comitês de Coordenação Local, o Exército da Síria Livre e outros grupos, advogando pela união opositora. "Será um processo a ser feito passo a passo. Precisamos dar voz à oposição, fazer os grupos atuarem sob um ponto em comum", disse Fawzi.

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A violência na Síria já deixou 7,5 mil civis mortos desde o início dos protestos contra o regime de Damasco, em março de 2011. O governo culpa grupos armados e terroristas pelo cais no país.

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