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Muçulmanos queimam igrejas no Paquistão por suposto caso de blasfêmia

Quatro igrejas foram queimadas no país após a acusação de blasfêmia; país possuí leis rígidas para condenados de blasfêmia que incluem a pena de morte

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Por Redação
Atualização:

Centenas de homens muçulmanos queimaram igrejas e profanaram um cemitério nesta quarta-feira, 16, no leste do Paquistão, por conta de um suposto caso de uma família cristã que profanou o Alcorão, segundo as autoridades.

As acusações foram feitas na cidade de Faisalabad por um grupo de muçulmanos.

“Há um confronto entre a polícia e a multidão. A multidão não está recuando. A polícia e os comandos foram mobilizados para controlar a situação”, afirmou o funcionário do governo distrital, Ahad Noor, à AFP.

Policial do Paquistão tenta apagar as chamas de uma casa no bairro cristão de Jaranwala, Paquistão, após ataques de um grupo de muçulmanos que acusam uma família cristã de blasfêmia  Foto: AP / AP

Blasfêmia

Acusações de blasfêmia são um assunto delicado no Paquistão, onde qualquer um que tenha insultado o Islã ou figuras islâmicas pode enfrentar punições severas, incluindo a pena de morte. Também há casos de linchamentos motivados por esse tipo de denúncia.

Várias imagens publicadas nas redes sociais mostram fumaça saindo de uma igreja e uma pilha de móveis em chamas na rua.

Uma igreja na cidade de Faisalabad foi queimada no Paquistão por um grupo de muçulmanos que acusa uma família cristã de profanar o alcorão  Foto: Ghazanfar Majid/AFP

O porta-voz dos serviços de socorro, Rana Imran Jamil, informou que um vídeo circulou entre os habitantes mostrando páginas de um Alcorão em chamas e que a situação provocou indignação. Segundo o oficial, quatro igrejas foram incendiadas, mas não houve feridos.

Membros de grupos cristãos protestam contra o ataque a igrejas no Paquistão após um grupo de muçulmanos acusar uma família cristã de profanar o alcorão  Foto: Fareed Khan / AP

Os cristãos, que representam 2% da população do Paquistão, são acusados com frequência e sem fundamentos de atos de blasfêmia./AFP

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