PUBLICIDADE

MUD volta a protestar por referendo contra Maduro

Oposição sai às ruas um dia depois de PSUV pedir extinção do registro eleitoral da coalizão antichavista

Atualização:

CARACAS - Militantes da coalizão opositora venezuelana Mesa de Unidade Democrática realizaram nesta quarta-feira, 27,um protesto em Caracas para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pela convocação da nova fase do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. O ato foi organizado um dia depois de o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) pedir ao mesmo CNE o cancelamento da inscrição eleitoral da MUD por uma suposta fraude.

Barricadas montadas pela polícia e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) impediram o avanço da manifestação até a sede do CNE. O ato reuniu cerca de mil pessoas e não houve registro de incidentes. Muitas das faixas diziam “revogatório já”.

Opositores venezuelanos protestam pela realização do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro Foto: Cristian Hernández / EFE

PUBLICIDADE

O CNE disse que anunciará na segunda se o processo moverá ou não para a segunda etapa e declarou que não aceitará pressões. Na terça-feira, o chavismo pediu a anulação do registro eleitoral da MUD.

“Viemos solicitar o cancelamento da inscrição da MUD por estar envolvida na maior fraude eleitoral da história”, disse o coordenador eleitoral do PSUV, Jorge Rodríguez. 

Pressão. Em meio a uma grave crise econômica provocada pela dilapidação das reservas em moeda forte, controle cambial e expansão do déficit fiscal, Maduro viu sua base de apoio corroer nos últimos três anos.

A MUD elegeu maioria qualificada no Parlamento, mas o chavismo, via Poder Judiciário - no qual os juízes dificilmente tomam decisões contrárias ao governo - tem bloqueado todas as ações legislativas da oposição.

Em abril, a oposição decidiu impulsionar o revogatório. Mais de 1,8 milhão de assinaturas favoráveis à saída de Maduro foram recolhidas. O chavismo alegou fraude e o CNE invalidou 600 mil delas. /EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.