Na ONU, EUA pedem 'medidas mais duras possíveis' contra Coreia do Norte

Embaixadora americana diz que esta é a única possibilidade de resolver a questão do programa nuclear de Pyongyang pela via diplomática; China volta a defender o diálogo com norte-coreanos e diz que não permitirá 'caos e guerra' na Península

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NAÇÕES UNIDAS - Os Estados Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU, nesta segunda-feira, 4, que imponha "as medidas mais duras possíveis" contra a Coreia do Norte, em resposta ao mais potente teste nuclear de Pyongyang, realizado no domingo.

"Apenas as sanções mais duras vão nos possibilitar resolver esse problema pela diplomacia", alegou a embaixadora dos EUA na organização, Nikki Haley, em uma reunião de emergência do órgão. 

Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, voltou a pedir as 'mais duras punições' contra a Coreia do Norte após tese de bomba no fim de semana Foto: Stephanie Keith/Getty Images/AFP

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Além disso, Washington prometeu apresentar em uma semana ao CS um projeto de resolução para impor novas sanções contra o regime de Kim Jong-un. Em declaração na reunião de emergência desse órgão, Nikki informou que "os EUA farão circular a resolução que queremos negociar esta semana e votar na segunda-feira".

"Essa crise vai além da ONU", disse a embaixadora, que indicou que os EUA considerarão os países que façam negócios com a Coreia do Norte como órgãos que "prestam ajuda às temerárias e perigosas intenções nucleares de Pyongyang".

A atividade armamentística do regime norte-coreano nas últimas semanas, na qual houve um "uso abusivo de mísseis e ameaças nucleares, segundo Haley, mostra que o líder da Coreia do Norte está "pedindo guerra".

A embaixadora disse que os EUA não querem um conflito, mas ressaltou que a paciência do governo de Donald Trump não é ilimitada e defenderá seus aliados e território das ameaças de Kim.

No domingo, após a confirmação de que Pyongyang tinha realizado seu sexto teste nuclear, supostamente com uma bomba de hidrogênio, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, indicou que as ações da Coreia do Norte teriam uma "grande resposta militar".

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Nesse sentido, Haley indicou que a ideia de que os EUA diminuam sua atividade militar na região em troca de que a Coreia do Norte não siga com escalada armamentística é "insultante". 

A embaixadora afirmou os que os EUA não ficarão de "guarda baixa" se tiverem uma arma nuclear e um míssil apontando para o território do país. "Só as sanções mais fortes o possível nos permitirão resolver esse problema através da diplomacia", reforçou Haley. 

A China, por sua vez, voltou a defender o diálogo com Pyongyang e advertiu que não permitirá o caos, nem uma guerra na Península Coreana. "A situação na península se deteriora constantemente enquanto falamos, entrando em um círculo vicioso", disse o embaixador chinês, Liu Jieyi. "O tema da península deve se resolver pacificamente. A China nunca permitirá o caos, nem a guerra", garantiu. / AFP e EFE

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