Novo abalo na Turquia; buscas são encerradas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um abalo sísmico de 4,4 pontos na escala de Richter registrou-se hoje na região de Izmir, no oeste da Turquia, informou o Centro Sismológico Kandilli de Istambul. O tremor de terra ocorreu às 14h locais (8h de Brasília) em Urla, perto da cidade de Esmirna, com cerca de três milhões de habitantes. Não se sabe ainda se houve vítimas ou danos. Sábado à tarde, foi registrado um abalo de 4,5 pontos na escala de Richter na região de Antalya, no sul do país, que não provocou danos. A Turquia é atravessada por várias falhas sísmicas muito ativas, entre as quais a falha do norte da Anatólia, que se manifestou por duas vezes em 1999, fazendo mais de 20 mil mortos. A região de Bingol, de maioria curda, foi abalada há 72 horas por um sismo com a intensidade de 6,4 pontos na escala de Richter, segundo o Instituto Sismológico Kandilli, citado pela agência noticiosa Anatólia. De acordo com um balanço oficial definitivo, o tremor de terra provocou 167 mortos e mais de 500 feridos. As buscas de sobreviventes foram suspensas hoje após a equipe de busca resgatarem os corpos das últimos 83 crianças, soterradas pelos escombros de uma escola após o violento de quinta-feira. "Neste momento está terminada as buscas por sobreviventes", disse Ahamed Yilmaz, porta-voz do centro de emergência por terremotos. O último corpo resgatado foi de Cihat Avci, de 14 anos. "Posso recordar o seu sorriso", disse o professor Fikret Nimetligil. "Algumas pessoas perderam um ou dois filhos, eu perdi 80". Dezenas de pessoas, algumas com lágrimas nos olhos, aguardavam no pátio do colégio destruído para cumprimentar a equipe de resgate. Mais de 80 edifícios foram destruídos pelo tremor, entre eles o prédio que abrigava 198 crianças, a maioria filhas de agricultores curdos da região. Outros 1100 edifícios foram destruídos. "Procuro meus cadernos. Tem as assinaturas de todos os meus amigos. Não há mais nada no mundo que deseje mais", disse, chorando, Hanedi Beldek, de 15 anos, um dos sobreviventes da tragédia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.