WASHINGTON - Os líderes do grupo dos sete países mais ricos do mundo, o G7, irão se reunir virtualmente nesta quinta-feira, 24, para discutir a crise na Ucrânia, informou a Casa Branca na noite desta quarta-feira, 23, ao mesmo tempo em que diplomatas confirmavam um encontro do Conselho de Segurança da ONU para a madrugada desta quinta-feira, 24.
Pouco após o início da reunião do Conselho de Segurança, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar no leste da Ucrânia. A decisão de Putin gerou repercussão imediata na ONU. O enviado da Rússia à organização, Vasily Nebenzya, defendeu seu país, dizendo que Moscou não está sendo agressiva contra o povo ucraniano, mas contra a “junta” que ocupa o poder em Kiev. “Não há purgatório para criminosos de guerra, eles vão diretamente para o inferno”, disse o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, à Nebenzya.
O enviado da França condenou a Rússia por “escolher a guerra” e disse que o país deve ser responsabilizado no Conselho de Segurança. O enviado britânico classificou as ações russas de “sem motivos” e “injustificadas”. O enviado alemão instou a Rússia a interromper a ação imediatamente. “No exato mesmo momento em que estamos buscando paz, Putin enviou uma mensagem de guerra”, disse o enviado americano.
As reuniões foram convocadas em meio a um aumento da tensão na região, pouco tempo após o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, ir à televisão pedir que a guerra seja evitada. “Os ucranianos querem paz”, disse ele em discurso que parecia direcionado aos russos.
Mais cedo, rebeldes ucranianos pró-russos pediram ajuda militar a Moscou, um movimento que era esperado e poderia servir de pretexto para a invasão russa.
Cerca de 80% dos 190 mil soldados russos e forças separatistas da Ucrânia estão mobilizadas para o combate apenas à espera da ordem do presidente Vladimir Putin, disse o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta quarta-feira. /Com agências
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