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Oposição venezuelana diz ter superado assinaturas exigidas para revogatório

Carlos Ocariz, porta-voz da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD), disse que 236.386 assinaturas foram validadas; eram exigidas ao menos 195.721 pelo CNE

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Por Redação
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CARACAS - A oposição venezuelana afirmou na noite de quarta-feira, 22, que superou a quantidade de assinaturas requeridas pelo Poder Eleitoral para solicitar a ativação do referendo revogatório que pode acabar com o mandato do presidente Nicolás Maduro.

Os opositores validaram 236.386 assinaturas, muito mais que as 195.721 exigidas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para solicitar que se inicie o processo do revogatório, segundo informou em entrevista coletiva Carlos Ocariz, porta-voz da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) para esta iniciativa.

Venezuelanos fazem fila em Caracas para validar assinatura a favor do referendo revogatório Foto: EFE/CRISTIAN HERNÁNDEZ

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"Fomos superando um por um todos os obstáculos que nos puseram, com disciplina, organização, força, paixão e sobretudo com o espírito democrático que nos movimentou como povo", comentou Ocariz.

Embora o CNE tenha solicitado em abril pouco menos de 200 mil assinaturas - o que equivale a 1% do censo eleitoral - para este passo, a oposição coletou quase 2 milhões, das quais apenas 1,3 milhão foram certificadas pelo Poder Eleitoral para passar à validação, que é a fase que está em curso.

"Já superamos a meta de 1%, mas não nos conformamos. Nós queremos ratificar que a partir de agora começa o que chamamos de operação arremate, onde a partir de amanhã centenas de milhares de pessoas que ainda não validaram vão exercer seu direito", disse o opositor para indicar que a meta é validar todas as assinaturas que foram admitidas.

No entanto, Ocariz reiterou a denúncia que a oposição vem fazendo desde segunda-feira, quando iniciou o processo de validação, sobre a quantidade de máquinas que o CNE instalou para que as pessoas validassem sua assinatura.

Segundo os opositores só foram instaladas 300 máquinas em pouco mais de 100 pontos do país, o que consideram "insuficientes" para que mais de um milhão de pessoas possam validar sua assinatura em apenas cinco dias.

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"Milhares de pessoas ficaram do lado de fora nas filas pelo terceiro dia consecutivo", relatou Ocariz.

Uma vez superada esta fase, os opositores deverão voltar a colher assinaturas, desta vez o equivalente a 20% do censo eleitoral, ou seja, cerca de 4 milhões de pessoas, o que seria o penúltimo passo para o referendo e obrigaria o CNE a marcar a data da votação. / EFE

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