Israel pede o fim do banho de sangue na Síria e oferece ajuda

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Israel se ofereceu no domingo para apoiar os esforços da comunidade internacional no fornecimento de ajuda humanitária à Síria, sem intervir diretamente no conflito sangrento que envolve o país vizinho, seu inimigo. Dizendo que o banho de sangue, devido aos esforços do presidente Bashar al-Assad de tentar esmagar uma revolta na Síria, que já dura um ano, é "mais chocante do que os piores filmes de terror de Hollywood," o ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, também pediu maiores esforços mundiais para acabar com a violência. "Em Israel pensamos que é essencial dar um fim a essa violência e estamos prontos para oferecer a ajuda humanitária necessária," disse Lieberman à Radio do Exército de Israel, em uma entrevista, mas ressaltou que Israel não agiria de forma independente nesse caso. Israel propôs ajudar a Síria através do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, declarou o ministério de Lieberman. A agência humanitária sediada em Genebra vem tentando enviar suprimentos à cidade síria de Homs. Israel e Síria são inimigos desde que o estado judeu foi fundado em 1948 e já se enfrentaram em diversas guerras pela disputa de terras capturadas por Israel durante a Guerra de 1967. "Precisamos deixar todas as diferenças políticas de lado," disse Lieberman. "O que está acontecendo lá, em pleno século 21, é intolerável. Precisamos ajudar." "Podemos fornecer qualquer coisa que seja necessária ou que nos peçam." Israel tem tentado não tomar partido publicamente sobre a crise na Síria, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha condenado o que chamou de "massacres criminosos contra civis inocentes na Síria" em comentários com o gabinete israelense na semana passada.

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