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Otan vai propor ´revisão de estratégia´ no Afeganistão

Os líderes da cúpula devem pedir um trabalho mais estreito entre agências mundiais

Por Agencia Estado
Atualização:

Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pedirão à comunidade internacional uma revisão da estratégia de reconstrução do Afeganistão para a implementação de "atalhos" em esforços de ajuda, disseram diplomatas do bloco ouvidos pela agência britânica Reuters nesta sexta-feira. Já o chefe do Comitê Militar da Otan, general canadense Ray Henault, disse, na quinta-feira última, esperar que os países-membros aportem mais forças e reduzam as limitações geográficas que pesam sobre suas forças no Afeganistão. "Podemos melhorar (no Afeganistão) e assim temos dito aos chefes de Estado-Maior da defesa", declarou Henault, em entrevista coletiva na sede da Otan na tarde de quinta-feira, onde se reuniram os chefes militares máximos dos 26 países-membros. Os líderes da cúpula devem pedir um trabalho mais estreito entre a ONU, a União Européia e outros órgãos com a Otan e, ainda segundo a Reuters, "vão enfatizar que a aliança quer se manter tarefas de segurança e não procurar um papel de coordenação no país". Dessa maneira, a Otan enxerga um melhoramento do esforço internacional e a expansão de autoridade do presidente Hamid Karzai no país. Outras propostas a serem consideradas incluem, citando a agência, "novos mecanismo para garantir que doadores entreguem algo em torno de US$ 10 bilhões em auxiluo em uma conferência internacional em janeiro, e nomear uma alto oficial para liderar os esforços internacionais". Reunião da Otan Durante uma reunião na quinta-feira, 16, foram discutidas as recomendações dos militares para a cúpula da aliança nos dias 28 e 29 de novembro em Riga, capital da Letônia, onde o Afeganistão será um dos temas principais, disse Henault. O general canadense disse que foram recebidos "sinais positivos" de vários países quanto a novas contribuições de forças e a redução das limitações de vários países, sobretudo geográficas, que diminuem a flexibilidade ao impedir que seus efetivos desloquem-se no Afeganistão. A Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf) conta na atualidade com 32.000 efetivos de 37 países e desde outubro passado controla todo o território afegão. No entanto, ainda faltam completar 15% das forças prometidas pelos países-membros para a expansão ao sul, que aconteceu em 1º de julho, lembrou Henault.

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