Para UE, tratado não morreu

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Por AP
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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmaram ontem que os países da União Européia concordaram em insistir na ratificação do Tratado de Lisboa, apesar da rejeição do documento pelos eleitores irlandeses na sexta-feira. O entendimento ocorreu durante reunião de chanceleres em Luxemburgo. Enquanto o bloco estiver procurando uma saída, segundo os dois líderes, a Irlanda não será isolada do resto da UE. O tratado - que substitui a proposta de Constituição européia, rejeitada por França e Holanda em 2005 - foi derrotado por 53,4% dos votos em referendo na sexta-feira. ''Eu apoio a continuação do processo de ratificação nos Estados, de maneira individual, onde ela for possível'', afirmou Merkel. Ela também disse que o tratado é vital para a expansão da UE nos Bálcãs, cuja estabilidade é ''crítica'' para o bem-estar da Europa. ''Precisamos do Tratado de Lisboa porque queremos expandir a UE'', disse ela. Tusk afirmou que o bloco precisa entender as razões pelas quais a Irlanda votou ''não'' e tratar de resolver essas questões. ''Em conjunto com a Irlanda, precisamos encontrar uma saída para esse impasse.'' O premiê disse que a ratificação do tratado deve continuar nas outras nações do bloco. Tusk garantiu que a Irlanda terá tempo suficiente para definir suas condições para voltar a fazer parte do processo.

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