PUBLICIDADE

Quatro pessoas morrem durante saques de comida na Venezuela

Devido à crise econômica, país registra saqueamento em várias regiões; pelo menos 15 pessoas ficaram feridas

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

CARACAS - Quatro pessoas morreram e ao menos 15 ficaram feridas nesta quinta-feira, 11, durante saques de comida em várias regiões do Estado de Mérida, do oeste da Venezuela, segundo informações da oposição e da imprensa local.

+ Nos supermercados da Venezuela, o que Maduro barateia, some

"Em Arapuey (norte de Mérida), são vários dias de conflito, hoje com saques a comércios, caminhões e confrontos com militares. Até agora, há quatro mortos, dez feridos e cerca de 100 presos", confirmou à agência de notícias AFP o deputado opositor Carlos Paparoni.

Escassez de comida na Venezuela é cada vez mais intensa. Foto: Juan Barreto/AFP Photo

PUBLICIDADE

O parlamentar do partido Primeiro Justiça, o esmo de Henrique Capriles, indicou que entre os mortos há um menor de idade, dois homens de 23 e 73 anos e uma mulher de 26 anos. Na quarta-feira, 10, um jovem de 19 anos morreu após ser baleado durante um saque de caminhões que transportavam farinha de trigo e frango na cidade de Guanare, no Estado de Portuguesa, oeste da Venezuela.

+ Crise se agrava e crianças morrem de fome na Venezuela

Gaby Arellano, deputada opositora do partido, disse que quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas em Arapuey, informação também passada pela imprensa local. Ela informou ainda que a região está "tomada" por policiais e que "comerciantes tentam defender suas propriedades".

Paparoni publicou um vídeo no Twitter em que se vê um grupo de homens que ao grito de "temos fome" atiram uma pedra em uma vaca dentro de uma fazenda e batem nela, possivelmente, para matá-la e roubar a carne.

Publicidade

"Acontecimentos em Arapuey são consequências da terrível crise econômica para a qual levaram o país", disse no Twitter a Ação Democrática, um dos principais partidos da oposição.

A Venezuela atravessa uma aguda crise econômica, caracterizada por uma escassez severa de alimentos e medicamentos e uma hiperinflação de mais de 2.000%, que resultou, nas últimas semanas, em pequenos protestos por falta de comida. /AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.