Trump quer privatizar controle aéreo nos EUA

Primeira iniciativa do governo consiste em reformar o sistema de regulação aérea do país e outorgar a um novo organismo privado sem fins lucrativos a responsabilidade de garantir o tráfego aéreo nos Estados Unidos

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Por Redação
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WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, apresentou nesta segunda-feira, 5, um projeto para privatizar o sistema de controle de tráfego aéreo nos Estados Unidos, em uma semana de alto risco para sua presidência.

Controladores de voo oeram em torre no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York Foto: AP Photo/Seth Wenig

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A Casa Branca também anunciou outras reuniões dedicadas ao mesmo assunto para esta semana, que será marcada pela audiência na quinta-feira no Congresso do ex-diretor do FBI James Comey sobre a possível interferência russa na última eleição presidencial.

A primeira iniciativa do governo consiste em reformar o sistema de regulação aérea do país e outorgar a um novo organismo privado sem fins lucrativos a responsabilidade de garantir o tráfego aéreo nos Estados Unidos. 

Atualmente, a Agência Federal da Aviação (FAA) é responsável por essa tarefa.

Trump assegurou durante um discurso na Casa Branca que os Estados Unidos vão entrar "numa nova era do setor aéreo", ressaltando que "é hora de agir".

"Durante muito tempo nosso país tolerou atrasos inaceitáveis ​​nos aeroportos, longas esperas nas pistas e comércio lento", acrescentou.

Suprimir esse sistema no qual a FAA é juiz e júri permitirá, de acordo com a Casa Branca, modernizar o controle de tráfego aéreo, "reduzir os atrasos" dos voos, "economizar combustível" e melhorar a segurança.

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Se a reforma for aprovada pelo Congresso, cerca de 30 mil controladores de voo americanos serão realocados dentro da nova entidade, que será exclusivamente financiada por contribuições das companhias aéreas.

O sindicato dos controladores de tráfego aéreo, o National Air Traffic Controllers Association, assegurou que compartilha o desejo de 'modernizar' o sistema, mas disse que espera para saber os detalhes da proposta antes de dar a sua aprovação. / AFP

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