PUBLICIDADE

Venezuela perde crédito e interesse do capital internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

PDVSA deverá sofrer também com perda de crédito internacional A greve que atinge a empresa PDVSA, da Venezuela, não deverá apenas gerar prejuízos pelos dias em que os trabalhadores deixaram de produzir petróleo. Para a consultoria norte-americana, Stratfor, a petrolífera, uma das principais fontes de renda do governo venezuelano, sofrerá nos próximos meses de falta de créditos internacionais, com a perda de compradores no exterior e com a falta de recursos para investimentos. As notícias divulgadas pelo governo venezuelano são de que a produção de petróleo estará normalizada em meados de fevereiro. Mas até o final deste mês, a consultoria acredita que as perdas podem chegar a US$ 6 bilhões, o que deve afetar os planos de investimento da empresa para 2003 para expandir sua produção. A greve, que já dura mais de um mês e que tem como objetivo minar o governo de Hugo Chávez, ainda deve afetar a possibilidade da empresa conseguir créditos no exterior. Agências de classificação de risco rebaixaram a petrolífera. Para conseguir recursos, portanto, a PDVSA terá que pagar um taxa maior de juros. A credibilidade da empresa como um supridor confiável no mercado internacional também deverá ser atingida, segundo a consultoria. Contratos que estavam com a PDVSA foram substituídos por empresas do México e da Nigéria. Reconquistar os antigos consumidores não será fácil, diz a Stratfor. Para a consultoria, a greve ainda terá outra conseqüência: a perda do interesse do capital internacional pelo mercado de energia na Venezuela. Uma prova disso seria o fracasso do governo em conseguir vender a concessão de uma plataforma marítima por US$ 2 bilhões. Em dezembro, uma aliança entre as multinacionais TotalFinaElf e BP levou a concessão por apenas US$ 60 milhões. Grandes Acontecimentos InternacionaisESPECIAL VENEZUELA

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.