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Empresa alemã procura dados roubados sobre 17 mi de usuários

Deutsche Telekom disse que ladrões obtiveram dados confidenciais sobre usuários em 2006

Por Jonathan Gould e Michael Shields
Atualização:

Ladrões obtiveram dados confidenciais sobre milhões de usuários de serviços telefônicos da Deutsche Telekom, anunciou a operadora alemã de telecomunicações, em seu segundo grande escândalo de segurança do ano. O incidente deriva de um roubo de dados em 2006 que só veio à luz agora, em reportagem da revista Der Spiegel veiculada antes de ela chegar às bancas na segunda-feira. A revista informou que havia conseguido rastrear informações sobre 17 milhões de assinantes do serviço de telefonia móvel da Telekom. "Além de nomes, endereços e números de celulares, os dados, em certos casos, também incluem data de nascimento ou endereços de e-mail", informou a Deutsche Telekom no final de semana. "Os registros não continham detalhes bancários, números de cartões de crédito ou dados sobre chamadas." A Deutsche Telekom informou ter reportado o roubo de dados à promotoria pública no começo de 2006 e que não havia encontrado indícios de que os dados estivessem sendo usados para prejudicar os usuários ou que os ladrões os tivessem utilizado para outros fins nocivos. Os dados ainda assim poderiam representar ameaça de segurança a políticos importantes, líderes empresariais e membros do clero cujos detalhes pessoais foram divulgados. O Ministério do Interior solicitou que os investigadores analisem o perigo potencial para diversas pessoas, disse uma porta-voz do ministério, mas se recusou a oferecer outros detalhes. A Telekom anunciou que havia adotado segurança mais rígida, depois do roubo. Ela ofereceu aos usuários a oportunidade de alterar seus números gratuitamente e estabeleceu uma linha gratuita para atender a queixas e pedidos de informação. O caso gerou novas manchetes negativas para a Deutsche Telekom, que em maio anunciou ter descoberto em 2005 a monitoração ilegal de registros de telefonemas, em meio a alegações de que sua direção espionou os telefonemas de conselheiros dissidentes e jornalistas para descobrir a fonte de vazamentos de informações. A promotoria abriu investigação sobre o caso.

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