A Intel fechou o segundo trimestre do ano com um lucro de US$ 5 bilhões, garantido um respiro aos investidores que temiam pela fragilidade na empresa. A segunda maior fabricante de semicondutores do mundo é liderada por um presidente interino desde o mês passado quando Brian Krzanich pediu demissão após ver virar notícia o envolvimento dele com uma funcionária da empresa. Apesar dos bons resultados do trimestre, as previsões da Intel para os próximos três meses foram consideradas otimistas demais e fizeram com que o preço das suas ações caísse nesta quinta-feira, 26.
A expectativa da companhia é que consiga cerca de US$ 18,1 bilhões em receita no próximo trimestre. O valor foi considerado exagerado pelo mercado, visto que analistas estimavam US$ 17,6 bilhões para o período. O número também é maior do que os US$ 17 bilhões registrados nesse trimestre.
No relatório divulgado aos investidores, a empresa também deu poucas evidências de que grandes operadoras de data centers continuariam investindo nesse tipo de serviço.
O mercado rejeitou o otimismo da Intel e ações da companhia operaram em queda no pós-mercado desta quinta-feira, registrando baixa de 6% às 18h30 (horário de Brasília).
Problemas. A empresa vive um dilema: o mercado de chips para computadores, o qual a Intel domina está se moldando com novas tendências como inteligência artificial. A empresa também aguarda um novo presidente, visto que Robert Swan, diretor financeiro da companhia e atual presidente executivo interino após a saída de Krzanich, já disse a funcionários que não tem interesse em liderar a companhia a Intel.
A companhia já tinha problemas antes mesmo da saída de Krzanich. Antes de deixar o cargo, o executivo disse a investidores e analistas que a migração da companhia para nova tecnologia de fabricação estava demorando mais do que o planejado.
Hoje, no documento enviado aos investidores, Swan despistou qualquer problema na empresa e disse que os resultados da Intel mostram que a companhia está posicionada para atender as necessidades do mercado “de processar, armazenar e mover dados, o que nunca foi tão difundido ou mais valioso”.