Os advogados do Departamento de Justiça dos EUA e do Google apresentarão os seus argumentos finais nesta quinta, 2, e nesta sexta, 3, para concluir o maior caso antitruste do país em um quarto de século.
Nos argumentos para o julgamento que começou em setembro do ano passado, os órgãos reguladores darão os retoques finais em um caso que alega que o Google transformou seu mecanismo de busca em um monopólio ilegal que sufoca a concorrência e a inovação.
Os órgãos reguladores alegam que o Google competiu de forma desleal quando fez acordos lucrativos com a Apple e outras empresas para bloquear automaticamente seu mecanismo de busca em smartphones e navegadores da web. Por outro lado, o Google afirma que os consumidores usam seu mecanismo de busca dominante porque ele é a melhor opção disponível.
“O Google paga mais de US$ 10 bilhões por ano por essas posições privilegiadas”, argumentou Kenneth Dintzer, o principal litigante do Departamento de Justiça, em setembro passado. “Os contratos do Google garantem que os rivais não possam igualar a qualidade da pesquisa e a monetização de anúncios, especialmente em telefones.”
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Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google para produtos de conhecimento e informação, disse, durante depoimento em outubro passado, que o sucesso da empresa é precário e afirmou que o comando da empresa teme que seu produto possa se tornar irrelevante para os usuários mais jovens da internet à medida que a tecnologia evolui. Ele disse que a empresa foi marcada com o apelido depreciativo de “vovô Google” entre os jovens demográficos que não a veem como um produto interessante.
“O vovô Google sabe as respostas e o ajudará com a lição de casa”, disse Raghavan. “Mas quando se trata de fazer coisas interessantes, eles gostam de começar em outro lugar.”
Depois que as alegações finais do caso antitruste do Departamento de Justiça contra o Google forem encerradas nesta semana, o juiz distrital dos EUA, Amit Mehta, deverá emitir sua decisão no final entre julho e agosto deste ano. Se ele decidir que o Google infringiu a lei, outro julgamento determinará como controlar seu poder de mercado.
O caso contra o Google espelha o caso movido contra a Microsoft no final dos anos 1990 em muitos aspectos, incluindo a ameaça existencial que representa para um renomado gigante da tecnologia cujos produtos são usados por bilhões de pessoas.
