Rússia obriga Tinder a compartilhar dados de usuários com governo

Aplicativo de encontros entrou na lista de apps internacionais que precisam repassar informações como mensagens de texto, vídeos e áudios para o governo

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Por Agências
Atualização:
O Tinder é um dos mais famosos aplicativos de paquera do mundo Foto: Monica Almeida/Reuters

A Rússia anunciou nesta segunda-feira, 3, que adicionou o popular aplicativo de encontros Tinder a uma lista de entidades obrigadas a entregar dados de usuários e mensagens privadas às agências policiais do país todas as vezes que forem solicitadas.

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Roskomnadzor, regulador de telecomunicações e mídia da Rússia, disse que o Tinder foi adicionado à lista no fim de maio, depois de fornecer as informações exigidas pelo governo.  A iniciativa, parte de uma ação russa mais ampla para regulamentar a internet, obriga o Tinder  a armazenar metadados de usuários em servidores dentro da Rússia por pelo menos seis meses, assim como suas mensagens de texto, áudio ou vídeo.

As agências policiais da Rússia, como o serviço de segurança FSB, que assumiu a maior parte das funções da KGB, podem exigir que as empresas cadastradas entreguem os dados sob demanda.

O aumento da regulamentação da internet no país atraiu críticas de alguns políticos da oposição e provocou protestos de ativistas que estão preocupados com o que chamam de "uma tomada de controle do mundo online". Autoridades descartam e classificam os protestos como forma de difamação, dizendo que o governo está se protegendo legitimamente contra ameaças de extremistas.

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