Startup Ebanx passa a processar pagamentos de empresas brasileiras

Fintech de Curitiba cresceu nos últimos anos com solução que permite companhias estrangeiras cobrarem em reais; agora, empresa busca mercado nacional

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Por Mariana Lima
Atualização:

A startup curitibana Ebanx está aumentando suas operações: a partir de agora, a empresa de pagamentos também vai oferecer soluções de pagamentos para companhias brasileiras. Conhecida por estar por trás da solução que permite brasileiros paguem, em reais, por serviços de marcas estrangeiras como Airbnb, Aliexpress e Spotify, a fintech agora mira no mercado nacional. 

O Brasil será o primeiro entre os oito países no qual a Ebanx atua a receber a novidade – em 2020, a previsão é de que mexicanos, colombianos, chilenos e argentinos também possam pagar por serviços locais em suas próprias moedas. Segundo a Ebanx, o serviço será aberto para alguns parceiros selecionados pela startup e chegará ao mercado em geral no 2º semestre de 2019. 

Escritório da Ebanx, em Curitiba: previsão de ter 700 funcionários até o fim do ano Foto: Ebanx

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Wagner Ruiz, cofundador da startup, explica que oferecer a nova solução já estava nos planos da companhia há algum tempo. "Decidimos focar primeiro em uma parte da operação. Agora, com ela mais consolidada, percebemos que era a hora certa de ampliar nossas ofertas", conta.

Segundo Ruiz, mais de 350 empresas brasileiras de todos os setores já se mostraram interessadas pelo serviço. As duas primeiras a adotarem a nova solução é o coworking paranaense Aldeia e o time de futebol Athletico Paranaense, que já adotaram a ferramenta na semana passada.

Para que a nova função surgisse a startup se desmembrou em duas áreas diferentes: a Ebanx continua focada em transações para empresas estrangeiras, enquanto uma nova empresa, a Ebanx Pagamentos, foi criada para funcionar no mercado local. O grupo, diz Ruiz, pretende fechar o ano com 700 funcionários para dar conta da operação.

Tamanho. A empresa está entre as dez startups brasileiras mais cotadas para se tornarem um unicórnio - nome dado a empresas iniciantes de tecnologia com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão -, segundo estudo recente da consultoria Distrito. 

No documento, o fato do modelo de negócios da startup já estar bem-estabelecido e isso indicar uma fonte clara de faturamento é a principal característica que leva o mercado e os investidores a acreditarem no potencial da empresa.

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