Espanha, França e União Europeia investigam ChatGPT por possíveis violações de dados pessoais

Em março, Itália já havia bloqueado acesso ao programa por desrepeito à legislação local

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Por Redação

MADRI - Os governos da Espanha e da França anunciaram nesta quinta-feira, 13, que iniciaram uma investigação do chatbot americano ChatGPT por possível violação de dados pessoais. No mesmo dia, a União Europeia (UE) disse que criou um grupo de trabalho para avaliar os impactos da nova tecnologia.

No final de março passado, a Itália já havia informado que bloqueou o programa por “desrespeito à legislação de dados pessoais”.

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Em comunicado ontem, a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) informou que “iniciou oficialmente” uma “investigação da empresa americana OpenAI, proprietária do serviço ChatGPT, por uma possível violação dos regulamentos” sobre proteção de dados pessoais.

A autoridade francesa de proteção de dados também anunciou sua própria investigação sobre o chatbot.

Ainda ontem, o Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB), encarregado de coordenar escritórios similares em países da UE, disse ter criado um grupo de trabalho dedicado ao assunto. Com a medida, o órgão quer trocar informações entre as autoridades europeias a respeito das possíveis ações a serem tomadas em relação ao ChatGPT.

ChatGPT se tornou a inteligência artificial mais comentada nos últimos meses Foto: Dado Ruvic / Reuters

“Com o início da investigação na Espanha e a participação no grupo de trabalho europeu, a AEPD atua em paralelo (...) como autoridade nacional de supervisão e controle, bem como em coordenação com seus homólogos europeus pelo conselho”, disse o órgão espanhol em comunicado.

A AEPD afirmou ainda ser favorável a “tecnologias inovadoras como a inteligência artificial”, mas afirmou que o desenvolvimento dessas ferramentas deve ser sempre “compatível com os direitos e liberdades das pessoas”.

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Quando a Itália bloqueou o ChatGPT, a OpenAI disse à agência de notícias AFP que estava “comprometida em proteger a privacidade das pessoas” e considerava sua ferramenta compatível com a lei./AFP

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