Estudo mostra que samplear ajuda vendas

Usar trechos de outras músicas ajuda na venda dos trabalhos originais; estudo se baseou em álbum do Girl Talk

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Usar trechos de outras músicas ajuda na venda dos trabalhos originais; estudo se baseou em álbum do Girl Talk

SÃO PAULO – Como diria Gaby Amarantos, “eu vou te samplear, eu vou te roubar”. Apesar da prática de samplear estar mais do que consolidada na produção musical, ainda há quem a veja com suspeição. Muitos enxergam o recurso como roubo ou oportunismo, como se aquele que sampleia estivesse se aproveitando indevidamente da obra alheia.

 
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Um estudo que acaba de ser publicado nos Estados Unidos mostra exatamente o contrário: o uso de samples pode, na verdade, beneficiar os artistas citados. Para chegar a essa conclusão, W. Michael Schuster, assistente de juiz do Texas, analisou as obras sampleadas no álbum de 2010 do Girl Talk, All Day.

No total, trechos de 350 músicas são usadas no álbum, incluindo faixas de artistas como Black Sabbath, Jay-Z e Britney Spears. Ele descobriu que as músicas tiveram um aumento de vendas no ano seguinte ao lançamento do álbum do Girl Talk, que é oferecido gratuitamente no site do artista.

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Segundo Schuster, o álbum do Girl Talk foi escolhido por sua “popularidade instantânea”, o que permitiria comparar as vendas das músicas antes e depois de seu lançamento. Como era de se esperar, as músicas sampleadas que foram hits ou cujos trechos utilizados são maiores tiveram vendas maiores.

O autor do trabalho diz que “a lei de copyright instrui os tribunais a analisarem o efeito que um suposto uso justo teria no potencial mercado do trabalho original”. Com isso, ele conclui que samplear é um “uso justo”, conceito da lei norte-americana que permite o utilização de conteúdo protegido por direitos autoriais em determinadas circunstâncias.

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