Os investimentos aumentaram em 2012, mas startups terão de mostrar que podem crescer
SÃO PAULO – Muitas ideias boas, muito dinheiro para investir e uma internet que já é acessada por 94,2 milhões de brasileiros, segundo os números mais recentes do Ibope Media, e que deve continuar em crescimento. É nesse cenário que estão surgindo empresas de internet no Brasil, num ritmo que lembra o início da web comercial. Se em 2011 já se via muita oportunidade de negócio na internet brasileira – cada vez mais usada pela classe C –, em 2012 isso se consolidou.
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Diversos fundos de investimento vieram para o Brasil e hoje aplicam aqui modelos de negócios que já existem em outros países. Porém, para empreendedores e investidores entrevistados pelo Link, tal otimismo não significa que temos um mercado de tecnologia capaz de se sustentar a longo prazo. Isso porque ainda não há empresas que cresceram a ponto de abrir capital ou que são vendidas por centenas de milhões ou bilhões de dólares – e que, com isso, compram outras startups, renovando o ciclo. Esse é o desafio para 2013.
“Sem aquisições, dificilmente conseguiremos atrair mais investimentos e formar startups mais sólidas”, diz Gustavo Caetano, presidente da Associação Brasileira de Startups e CEO da Sambatech. “Ainda estamos na transição entre o amadorismo e o mercado maduro.”
Para o investidor e empreendedor Marcelo Sales, fundador da aceleradora 21212, em 2013 as startups terão de aumentar o número de clientes para ganhar escala. “O Brasil tem um gap enorme entre empresas que já têm R$ 10 milhões de faturamento e a nova geração”, diz.
Também é preciso investir na formação dos empreendedores, segundo o investidor Cassio A. Spina, da Anjos do Brasil. Para ele, as pessoas que querem empreender online devem trabalhar em outras startups antes de abrir a sua. “Além da ganharem experiência, acumulam capital para desenvolver sua ideia”, diz.
—-Leia mais:• Link no papel – 31/12/12