Fintech Open Co levanta R$ 600 mi para aumentar crédito do brasileiro

Empresa é resultado da fusão das startups Geru e Rebel e trabalham com taxas de juros menores em relação ao mercado de crédito

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Por Bruna Arimathea
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A fintech de crédito Open Co anunciou nesta quarta-feira, 15, o recebimento de um aporte no valor de R$ 600 milhões. A rodada foi liderada pelo fundo do SoftBank para a América Latina e por investidores anteriores da startup, como Raiz Investimentos, IFC e LTS. 

Resultado de uma fusão entre a Geru, startup de crédito online, e a Rebel, de análise de dados, a Open Co nasceu em 2021 e espera destinar o investimento para expandir áreas da empresa, como tecnologia, e alavancar seu crescimento de mercado.

Sandro Reiss e cofundador da Open Co Foto: Open Co

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“A gente concluiu uma rodada [em março] e já naquela ocasião a gente tinha dito que os nossos planos eram consolidar a fusão. Tínhamos uma série de desafios de integração. E isso foi uma coisa que a gente fez ao longo do primeiro semestre do primeiro ano. Alinhamos que queríamos retomar uma trajetória de crescimento e esse é o próximo objetivo", afirma Sandro Reiss, cofundador da Open Co.

Com foco no mercado de crédito sem garantia, a empresa, que vê o segundo aporte em menos de um ano, apostou em um modelo de negócios para diminuir as taxas de juros em linhas de crédito para pessoas físicas. Segundo Reiss, a rentabilidade do negócio está justamente nas tarifas, que permitem que um maior número de pessoas tenha acesso aos valores e às parcelas de pagamento. 

Todo o serviço é oferecido na plataforma da Open Co, que pode ser apresentada para os clientes por meio do app ou por empresas parceiras na hora do uso de crédito. No app, é possível fazer simulações de valores e taxas — de acordo com a empresa, as tarifas são 50% menores que o mercado e os juros de crédito rotativo podem ser até 5 vezes mais baixos.

O modelo de negócio também passa pela atração de clientes que já são usuárias de crédito sem garantia. Segundo Reiss, a empresa quer alcançar pessoas que estão no cheque especial ou que lidam com altos juros rotativos do cartão de crédito, por exemplo. 

“Nós não somos um banco, não fazemos as operações de crédito com o nosso capital. Então temos operações feitas em mercado de capital para captar dinheiro e uma parte dos juros que a gente recebe são para a remuneração dos investidores e a outra parte fica com a companhia. A gente também recebe comissões em algumas transações”. 

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Repaginada

O ano de estreia da fintech contou com o reaquecimento do mercado e com a bagagem já trazida pelas duas startups anteriores — a Geru e a Rebel. Com operação renovada, a Open Co começou a operar no início do ano e já apresentou crescimento de três vezes o tamanho desde a fusão, segundo a companhia. 

Agora, o desafio é continuar crescendo a operação em um mercado que movimenta mais de R$ 1 trilhão por ano, de acordo com a empresa. Na lista de metas para 2022, a prioridade é aumentar o mercado de clientes e conseguir desenvolver pelo menos mais um produto para se consolidar no setor de crédito sem garantia.

“A gente sabia que neste ano iríamos captar uma nova rodada de investimento para promover um crescimento em 2022. Vai ser necessário ter capital para investir em pessoas e em produtos. Faz parte do plano e, para esse ano, a gente conseguiu levantar a rodada bastante rápido. O problema que a gente está resolvendo é muito grande e ele continua aí”, explica Reiss.

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