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Startup Latú, de apólices de seguro, recebe U$ 6,7 mi para ‘proteger’ novos negócios

Empresa criada por colombiana oferece seguros de até US$ 10 milhões contra fraude e ataques em pequenas empresas

Foto do author Bruna Arimathea
Por Bruna Arimathea
Atualização:

A startup Latin American Tech Underwriters (conhecida como Latú) anuncia nesta quinta-feira, 25, um aporte do valor de US$ 6,7 milhões, liderado pela Monashees e CRV (Charles River Ventures), com participação dos fundos ONEVC, Latitud e SVAngels. A insurtech oferece apólices de seguro para startups e recebeu um investimento pré-semente para crescer o negócio.

Com o valor, a startup liderada pela colombiana Paola Neira, quer acelerar o desenvolvimento do serviço e aumentar o time de engenharia de dados e cibersegurança da Latú para criar produtos para pequenas empresas.

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“Comecei a ajudar algumas empresas que pediam ajuda com apólices enquanto administrava um fundo de investimento durante a pandemia. Pensei que não precisava ser tão difícil fechar um seguro para empresas e comecei a entender que tinha a oportunidade de criar um negócio. A maioria da rodada deve focar nesse crescimento”, afirma Paola.

A ideia da startup, que começou a operar em 2021, é construir um serviço de proteção financeira para startups em diversos “danos” que elas podem sofrer ao longo do tempo. É como se fosse um seguro de celular: cada cobertura inclui serviços que podem ou não fazer parte do plano assinado pelo cliente.

No caso da Latú, porém, a proteção não é contra roubo ou quebra do aparelho. Por meio de um software de avaliação de risco, a startup consegue analisar as necessidades e demandas do negócio, produzindo um produto de apólice personalizado para cada cliente.

Cada apólice é negociada juntamente com o cliente ou com um representante da Latú, e o sistema da startup pode monitorar, em tempo real, se as necessidades dos clientes podem incluir ou subtrair itens do seguro, de acordo com o risco.

Entre os serviços, por exemplo, podem ser cotadas proteções contra ações judiciais, ataques cibernéticos e danos à propriedade, por exemplo. Com foco em pequenas empresas, esses produtos são ofertados para que as startups possam ter uma segurança de até US$ 10 milhões na hora de tracionar o negócio.

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Paola Neiras é CEO da Latú Foto: Latú

“Se você tem uma empresa protegida, pode correr outros riscos no mercado para acrescentar produtos na empresa. É importante porque ajuda as empresas a pensarem em outros processos internos”, explica Paola.

Hecho en Colombia

Formada em ciência da computação, Paola atuou como engenheira do Rappi, startup de entregas conterrânea da presidente da Latú. Na empresa de delivery, a executiva era uma das responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologias de logística e se mudou para o Brasil após passar pela empresa de investimentos que fundou com colegas em Dubai.

Com oito funcionários, a startup abraça o cheque pré-semente e mira no crescimento sob o olhar da Monashees, que viu na Latú a oportunidade de fomentar o ecossistema de startups de seguro no Brasil.

“Menos de 20% (das empresas) têm pelo menos uma apólice, comparado a 70% nos mercados desenvolvidos. Paola conseguiu atrair uma equipe de ponta com habilidades complementares para reinventar a forma como o seguro é consumido na América Latina”, afirma Fabíola Quinzaños, da Monashees.

O investimento deve ser direcionado para melhorar a tecnologia com a qual a Latu faz suas análises de risco e desenha as estratégias de apólice, afirma Paola. Além disso, o olhar, agora, é para até onde o mercado brasileiro e latino-americano pode demandar das startups de seguro - e entrar na onda junto com o setor no cenário de inovação.

“Existe uma oportunidade muito grande na América Latina para o setor de seguros e uma coisa importante é que os investidores também acham isso. Estamos focados em desenvolver tecnologia e ferramentas com os parceiros”, afirma Paola.

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