As startups brasileiras levantaram US$ 156 milhões em rodadas de investimento no último mês de junho, segundo estudo da empresa de inovação Distrito divulgado nesta terça-feira, 7. O valor foi quatro vezes superior aos US$ 36 milhões recebidos pelas companhias de tecnologia iniciantes do País em maio.
Entre os principais destaques, estão o cheque de US$ 47 milhões recebido pela empresa de mobilidade Tembici e o investimento do SoftBank na Cortex, de R$ 120 milhões.

O valor, porém, fica bem abaixo do volume de investimentos realizados nas startups brasileiras em junho do ano passado, quando o ecossistema local teve um mês fora da curva. Na ocasião, empresas como Loggi, Creditas e Gympass receberam cheques milionários do grupo japonês SoftBank, em uma somatória de US 681 milhões. É justamente por conta destes três aportes que o desempenho total do primeiro semestre de 2020 fica abaixo da temporada passada: US$ 669 milhões, este ano, contra US$ 1,3 bilhão em 2019.
“Não se pode perder de vista que 2019 foi um ano bastante positivo para o mercado de venture capital”, afirma Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. “Se esses investimentos, pontos fora da curva, forem considerados à parte, o volume será bastante próximo do que havíamos tido até junho do ano passado.”
Visto dessa forma, é um número que impressiona, especialmente porque vai na contramão de outros setores da economia, que apresentaram forte queda em meio à pandemia do novo coronavírus. O volume de rodadas realizadas no primeiro semestre também chama a atenção: foram 167 investimentos, ao todo.
Fusões e aquisições também estão em alta
Outro setor que está bastante aquecido é o de fusões e aquisições de startups: ao todo, foram realizadas seis transações desse tipo em junho e 43 ao longo do primeiro semestre – número que é 48,3% superior ao ano passado.
Entre os destaques do mês, está a aquisição de três startups pela XP Investimentos: Fliper, DM10 e Antecipa.