O Irã chegou ao extremo da censura. Sem saber como lidar com o mar de opinião e liberdade da internet, o país decidiu cortar todo o acesso e criar sua própria rede interna. Hoje apenas 8,5 milhões de iranianos (ou 11% da população) estão conectados.
A internet, porém, não seria cortada definitivamente — governo, bancos e grandes empresas continuariam com acesso para não atrapalhar as relações comerciais, especialmente com Rússia e China.
A rede local correria em paralelo e chegaria à população em geral. Seria gerida por uma empresa estatal e ofereceria serviços que substituiriam os fornecidos por empresas americanas.
A ideia é o extremo a que chegou o governo iraniano para tentar frear a influência ocidental. O Irã resolveu endurecer o cerco após as manifestações no Egito e Síria contra os regimes autoritários – o medo é que a mobilização online chegue também ao Irã. O governo iraniano tentou policiar a web, com especialistas encarregados de prestar atenção nas redes sociais, mas chegou à óbvia conclusão: controlar a rede é impossível.