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Alertas, pontos de doação e abrigos: Google Maps e Waze viram aliados nas enchentes do RS

Mapas mostram informações decisivas durante tragédia no Estado

Foto do author Henrique Sampaio
Por Henrique Sampaio

Desde que o Rio Grande do Sul entrou em estado de calamidade pública, o Google vem ativando alertas de inundações para o estado e destacando informações oficiais em seu buscador e no Google Maps. Além disso, iniciativas populares e de pesquisadores vêm fazendo um grande uso da ferramenta de geolocalização para identificar áreas de risco, pontos de abrigos e doação de alimentos.

A empresa ativou o Alerta SOS em seu buscador, que pode ser visto pelas pessoas que estão no Rio Grande do Sul e em buscas relacionadas às inundações. Quando o recurso é ativado, o Google prioriza o acesso rápido e fácil a notícias sobre as áreas afetadas pelas inundações e links para as atualizações de emergência fornecidas pro autoridades locais, como Defesa Civil, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Também é possível acessar um mapa com as regiões mais afetadas.

Mapa colaborativo mostra pontos de abrigo e doações para população de Porto Alegre Foto: Google Maps/Reprodução

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Em parceria com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB-CPRM), o Google está utilizando inteligência artificial para analisar dados hidrológicos para prever inundações ribeirinhas no Brasil, por meio da ferramenta Flood Hub. O serviço de monitoramento mostra tendência de cheias dos principais rios da região. A região conta com diversos pontos de alerta máximo ativados no interior do estado, como os Rio Uruguai e Rio Ibirapuitã, em Alegrete; Rio Ibicuí em Manoel Viana; Rio Santa Maria em Rosário do Sul e Rio Taquari para as cidades de Encantado, Muçum e Estrela.

O Google Maps também tem sido uma ferramenta importante na busca por informações. Ícones de alerta tem se espalhado pelas regiões afetadas pelas inundações e enchentes, com telefones úteis e sites de autoridades públicas sendo apresentados à população. Atualizações em tempo real, com informações sobre interdição de trânsito, ruas e rodovias, também já são apresentadas pelo aplicativo, com dados repassados pelo governo do Estado. Em Porto Alegre, também há alertas sobre interrupções gerais nos serviços de transporte público.

Uso colaborativo dos mapas expande alcance de informações

Moradores do Rio Grande do Sul, pesquisadores e a Defesa Civil também estão fazendo uso do Google Maps, através do recurso My Maps, para criar mapas colaborativos personalizados. O mapa divulgado pela Defesa Civil mostra área de provável risco na área metropolitana da capital do estado. Já este mapa, feito de forma colaborativa, ajuda na localização de abrigos para humanos e animais resgatados e centros de doação de alimentos. Este outro mapa reúne pontos de água potável disponível na região metropolitana da capital. Há ainda um mapeamento de locais com pessoas precisando de resgate, com crianças, idosos e gestantes aparecendo em vermelho e situações extremas em roxo,

Elaborado a partir do Google Earth pelos pesquisadores Arthur Tschiedel e Leonardo Laipelt, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), este mapa traz uma simulação das profundidades máximas prováveis que podem vir a ocorrer nos bairros afetados pelas cheias de 2024 em Porto Alegre até o dia 9 de maio, mostrando as regiões com maior risco e mostrando o provável nível de profundidade em todos os locais afetados pela cheia.

Criado na UFRGS, mapa mostra profundidades máximas prováveis para cheia de 2024 em Porto Alegre Foto: IPH/UFRGS/Reprodução

O Waze também passou a trazer alertas de enchentes, com atualizações em tempo real de fechamento de estradas, rodovias e ruas do estado do Rio Grande do Sul. Desde sexta-feira, 3, zonas de evacuação determinadas pela Defesa Civil estão sendo comunicadas pelo aplicativo. Abrigos e centros de doação também estão sendo adicionados pela comunidade de usuários à medida que ficam disponíveis.

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