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Primeiro-ministro turco cumprirá ordem judicial que libera Twitter

Tayyip Erdogan disse que ordem "deve ser cumprida, mas não tem porque ser respeitada"

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Por Agências
Atualização:
 

ISTAMBUL – A decisão do Tribunal Constitucional da Turquia de declarar ilegal o bloqueio do Twitter no país e ordenar a liberação imediata do acesso à rede social “deve ser cumprida, mas não tem por que ser respeitada”, afirmou nesta sexta-feira o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

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“Temos que seguir a decisão do Tribunal Constitucional, mas não temos que respeitá-la, e não a respeitamos”, afirmou Erdogan em entrevista coletiva no aeroporto de Istambul, e transmitida ao vivo pela emissora “NTV”, antes de embarcar para o Azerbaijão.

As autoridades liberaram ontem à tarde o acesso ao Twitter, que tinha sido bloqueado no dia 20 de março. Na última quarta-feira, o tribunal declarou o bloqueio ilegal por considerá-lo uma violação da liberdade de expressão.

“Não estou de acordo com a postura do tribunal sobre as liberdades. O Twitter e o YouTube são empresas comerciais. Comprar ou não comprar seus produtos é uma escolha de cada um, não tem nada a ver com as liberdades. A rápida decisão tomada sobre o assunto não me parece correta para a nação”, detalhou Erdogan.

“Defendem o produto de uma empresa americana, mas deixam de lado os valores nacionais. Obedecemos, mas é só para cumprir uma sentença. Os direitos são outra coisa. Não é uma sentença baseada em direitos”, ressaltou o primeiro-ministro.

Embora o Twitter já esteja aberto de novo, as autoridades turcas mantêm o bloqueio ao acesso ao YouTube há uma semana, decisão que o escritório do primeiro-ministro justificou no último sábado como uma obrigação de “proteger os cidadãos” contra informações “obtidas por meio da espionagem” de altos cargos turcos.

O presidente da Turquia, Abdullah Gül, manifestou, desde o primeiro momento, sua oposição ao bloqueio das redes sociais. Já o presidente do parlamento, Cemil Çiçek, companheiro de partido de Erdogan, declarou ontem que considera “correta” a decisão do tribunal.

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/EFE

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