"PANELA DE PRESSÃO"
O tucano prometeu que, em um eventual governo seu, as regras para reajustes de preços como o dos combustíveis, da energia elétrica e dos transportes terão "regras claras".
"Será um governo que sinalizará de forma muito clara para o mercado que as regras, inclusive de reajuste de preços, serão respeitadas e serão de conhecimento de todos", garantiu.
"Essa receita do atual governo de conter a inflação através do represamento de determinados preços, isso deu errado desde a década de 1980. Nós temos que soltar a tampa dessa panela de pressão, mas sem sustos."
Aécio lembrou ainda que "técnica ou não, o Brasil já está em recessão", e culpou o que chamou de "equívocos" do governo Dilma pelo quadro econômico atual, que também conta com inflação elevada. Ele prometeu ainda focar o centro da meta da inflação, de 4,5 por cento ao ano, ao contrário do que, segundo ele, faz o governo atual, que mira no teto da meta, que é de 6,5 por cento ao ano.
O tucano voltou a dizer que apenas sua vitória em outubro já será o bastante para sinalizar aos investidores e melhorar as expectativas da economia, inclusive com uma "redução dos juros no longo prazo".
Ele também classificou os direitos trabalhistas como uma "conquista da sociedade" e disse que não mexerá nesses direitos, embora tenha defendido o estímulo da negociação entre as partes.
Aécio, que afirmou que seu programa de governo será anunciado até o dia 15, disse ainda que esse conjunto de propostas incluirá medidas para corrigir "exageros" na concessão do seguro-desemprego. Ele, no entanto, não deu mais detalhes sobre como aconteceria essa correção.
(Por Eduardo Simões)