Bovespa sobe 2% e fecha acima de 52 mil pontos com pesquisa eleitoral

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Por PRISCILA JORDÃO
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O principal índice da Bovespa subiu 2 por cento nesta segunda-feira, fechando pela primeira vez desde novembro acima de 52 mil pontos, beneficiado pelo ingresso de capital estrangeiro e com o mercado repercutindo pesquisa que mostrou queda nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff. O Ibovespa fechou em alta de 2,1 por cento, a 52.155 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 7,4 bilhões de reais. Segundo o BB Investimentos, o índice se aproximou de uma faixa de resistência técnica no nível dos 52.300 pontos, que, caso rompida, levará o Ibovespa a perseguir os 54.300 e 56.700 pontos como próximos objetivos. Pesquisa eleitoral do Datafolha publicada no fim de semana apontou queda de seis pontos percentuais nas intenções de voto na presidente, embora indicando que Dilma ainda seria reeleita no primeiro turno da eleição de outubro. A queda de Dilma na pesquisa foi bem vista pelo mercado, em um momento em que investidores se mostram céticos quanto à condução da política econômica e ressentidos com o que consideram uma intervenção governamental excessiva nas empresas estatais. "Quanto mais a Dilma perde força, mais o mercado sobe. Se houver segundo turno, a bolsa vai andar muito", disse o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. A ação preferencial da Petrobras subiu 6,61 por cento na sessão, exercendo a principal influência de alta sobre o Ibovespa. O papel acumula alta de 39 por cento desde o dia 17 de março, quando fechou na menor cotação desde 2005. As ações das estatais Banco do Brasil e Eletrobras também avançaram na sessão. O movimento de ingresso de recursos estrangeiros nos países emergentes verificado nas últimas semanas continuou nesta sessão, o que permitiu que o Ibovespa fechasse no sentido oposto dos principais índices norte-americanos. Além do Banco do Brasil, outros bancos apareceram entre as maiores altas do índice neste pregão. As units do Santander Brasil subiram 3,65 por cento, após o banco ter anunciado a compra da parceira brasileira no mercado de cartões GetNet, em um negócio de 1,1 bilhão de reais. Analistas da Brasil Plural afirmaram que o valor pago foi atrativo e que a operação permitirá ao Santander Brasil "verticalizar melhor as operações, administrar seus negócios de cartões de crédito e débito... e criar uma oportunidade de capturar ganhos de escala". Os papéis preferenciais do Bradesco subiram 4,03 por cento, enquanto os ordinários fecharam em alta de 5,71 por cento. O presidente-executivo da instituição, Luiz Carlos Trabuco, disse nesta segunda-feira que a carteira de empréstimos do Bradesco teve forte recuperação em março e deve ajudar o banco a atingir a meta para este ano.

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